05/10/2010 - 17h21

Serra critica Dilma e estima conseguir maioria no Congresso

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em Mauá (SP)

Apesar de seus aliados terem diminuído nos governos estaduais, na Câmara dos Deputados e no Senado, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta terça-feira (05) que, se eleito, trabalhará para obter maioria política no país. Em visita a uma obra viária na região metropolitana de São Paulo, ele também atacou a favorita nas pesquisas, Dilma Rousseff (PT).

Após a votação domingo, os aliados da petista elegeram ampla maioria no Congresso e superaram partidários do tucano na maioria dos Estados. O PSDB, contudo, elegeu em primeiro turno os governadores dos maiores colégios do Brasil, São Paulo e Minas Gerais. “Sempre consegui formar maiorias estáveis com bases nos programas de governo”, afirmou Serra. “Tive minoria na prefeitura de São Paulo e governei”, disse o tucano, que para o segundo turno tentará atrair “partidos, políticos e pessoas de bem”.

O presidenciável aproveitou para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao dizer que no Palácio do Planalto governaria “sem troca-troca, sem loteamento e com corrupção ao lado”.

A respeito de Dilma, Serra fez críticas indiretas ao comentar sobre a tentativa de atrair os votos de Marina Silva no primeiro turno. “Não vou virar ambientalista de última hora, como não virei cristão de última hora”, disse. “Não fico mudando de lado conforme a preferência do eleitorado”.

Em seguida, ao falar sobre sua estratégia para votação de 31 de outubro, o tucano viu “uma nova eleição” por considerar a petista “ainda desconhecida”. “A primeira fase não permitiu um conhecimento aprofundado dos candidatos”, disse ele, para depois repetir que sua trajetória já é reconhecida.

Ao chegar à estrada encravada em um reduto petista entre a capital paulista e Mauá (região metropolitana), Serra ouviu aplausos e algumas vaias de moradores que reclamavam de buracos na região.

Depois da visita, Serra segue para seu escritório político em São Paulo, onde se reunirá com o governador eleito de Santa Catarina, Raimundo Colombo, DEM, e com os senadores catarinenses eleitos, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB). Na quarta-feira, o tucano irá a Brasília para se reunir com aliados vitoriosos nas eleições, em um encontro nos moldes do organizado por Dilma na segunda-feira.

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