04/10/2010 - 21h14

Na TV, Dilma fala em "valorizar a vida", e Serra oferece biografia

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em mensagens de um minuto e meio no principal telejornal do país, os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) fizeram comentários nesta segunda-feira (4) sobre o tom de suas campanhas até o segundo turno, em 31 de outubro. A petista usou temas religiosos duas vezes e o tucano agradeceu pela oportunidade de o país “aprofundar os conhecimentos”.

Durante suas participações no Jornal Nacional, nenhum dos dois presidenciáveis fez referência a Marina Silva (PV), principal responsável pela realização da segunda votação, com seus 19% do eleitorado. Os dois tampouco citaram em suas participações temas ligados à campanha da senadora pelo Acre, como meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

A favorita Dilma, que ficou com quase 47% dos votos, disse que o segundo turno “é uma grande oportunidade de apresentar os projetos” e agradeceu a Deus pelos votos que recebeu. A petista repetiu que “o Brasil encontrou seu lugar no mundo” e que tem “uma proposta de valores”, enumerando áreas que quer melhorar se eleita.

Ela, que perdeu voto entre evangélicos e católicos nos últimos dias, disse ainda que vai “valorizar a vida em todas as suas dimensões e na sua plenitude”. Dilma estudou em colégio católico e, mais tarde, já como ministra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse se equilibrar na questão sobre se Deus existe ou não. Na campanha, aumentou as referências religiosas e afirmou ser cristã.

Com 32,6% dos votos, Serra também agradeceu pelo segundo turno, obtido em grande parte por conta da ascensão de Marina. Ele afirmou que até o fim mês levará uma “mensagem de esperança e de confiança para todas as partes”. “Se conquistar o voto da maioria da população, vou enfrentar as principais questões que envolvem o nosso país”, disse.

Assim como Dilma, o tucano não teve tempo de detalhar projetos. Citou áreas nas quais quer atuar e ofereceu sua “biografia junto das coisas permanentes”. A campanha do tucano aposta na comparação entre a trajetória política dele e a de Dilma, que disputa sua primeira eleição, graças ao apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nenhum dos presidenciáveis sequer alfinetou o adversário na curta entrevista.
 

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