Cerca de 2,2 mil adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no estado de São Paulo votaram hoje (3), graças a um acordo de cooperação assinado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça.
“Foi um misto de surpresa e de grande reflexão. No momento em que os meninos estão privados de sua liberdade, puderam exercer a cidadania e o voto. Isso rendeu bastante conversa e debate sobre o assunto”, disse diretora do Centro de Atendimento Socioeducativo do Adolescente (Fundação Casa) de Osasco, onde 60 jovens com mais de 16 anos votaram. Eles puderam acompanhar a campanha eleitoral pela televisão.
Nas eleições desse ano, além dos 2,2 mil adolescentes, 2,4 mil presos provisórios puderam exercer o direito de voto. A exceção ficou apenas para os casos de presos condenados, com sentença definitiva.