Em uma entrevista coletiva após a divulgação do resultado da disputa presidencial, que levou a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra para o segundo turno, a candidata Marina Silva (PV) não definiu quem vai apoiar e disse que haverá uma plenária para discutir a questão.
"Que façamos uma plenária para avaliar o nosso posicionamento. Queremos que esse processo faça jus ao que eu disse o tempo todo: o voto não é da Marina, não é do Serra, não é da Dilma, o voto (...) é do eleitor", disse.
"Foi acertado não termos ido para o vale-tudo eleitoral. Foi acertado nos dispormos a perder ganhando, estamos ganhando. Não tem perda, só ganho, porque se não fomos para o segundo turno, nós estamos em primeiro lugar no turno de uma nova política", afirmou, aos aplausos de correlegionários e ao lado de seu vice, Guilherme Leal.
Com quase 100% das urnas apuradas, Dilma alcançou 46,77% dos votos válidos e Serra, 32,68%. Marina ficou com 19,41%, percentual acima do que indicavam as últimas pesquisas eleitorais.
Por mais que importe o apoio da terceira colocada, Marina Silva (PV), o que estará em jogo no segundo turno é a capacidade de transferência de votos lulistas para a segunda votação presidencial, em 31 de outubro. Nas pesquisas, Dilma aparece à frente de Serra. Mas nas últimas duas semanas de campanha, a petista caiu nas preferências por conta de escândalos na Casa Civil, que podem afetá-la no noticiário até o fim deste mês.