01/10/2010 - 01h44

Presidenciáveis evitam embate, mas não escapam de gafes

Maurício Savarese e Rodrigo Bertolotto
Do UOL Eleições
Enviados ao Rio de Janeiro

José Serra (PSDB) falou que o hidroavião resolve os incêndios florestais. Dilma Rousseff (PT) se disse preocupada com a crise política em El Salvador. E Marina Silva (PV) citou o “morro do Capão Redondo”, em São Paulo. Não faltaram tropeços no debate da TV Globo, realizado na quinta-feira (30), e nas entrevistas posteriores, dadas pelos três principais concorrentes ao Palácio do Planalto.

Houve primores de lógica. “Com o passar do tempo, a nossa população vai envelhecendo”, disse Marina. O perfil falso do narrador Cléber Machado, um dos mais populares do microblog Twitter, viu ali um “comentário pontual”. Dilma acompanhou a toada: “Na Inglaterra, eles são ingleses e são diferentes de nós”.

Já Serra falou em usar hidroaviões para acabar com as queimadas e ganhou ironias de blogueiros famosos, oposicionistas e governistas. Na verdade, hidroaviões são usados para pousar na água. O tucano estava se referindo aos “aviões de combate de incêndio”, que tragam água de lagos para despejar sobre as chamas nas florestas.

Marina também se confundiu sobre a geografia da periferia paulistana. Ela citou o “morro do Capão Redondo” quando na verdade Capão Redondo é um distrito de São Paulo bem maior que um morro.

A maior pérola, porém, foi de Dilma, que antes avisou que não tinha acompanhado o noticiário porque estava concentrada para o debate. “Eu espero que se mantenha a ordem democrática e a normalidade lá em El Salvador”, opinou na verdade sobre os incidentes desta quinta-feira no Equador, governado por Rafael Correa, aliado de Lula.

 

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