30/09/2010 - 13h46

No último dia de TV, Dilma "paz e amor" cola em Lula; Serra aposta em 2º turno

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

No último dia do horário eleitoral gratuito na TV, durante o programa da tarde, os dois principais presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), mostraram depoimentos especiais na tentativa de conquistar votos.

A petista falou em governar com "paz e amor", defendeu liberdade de religião e voltou a colar sua imagem na do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano optou por reforçar a ideia de ser "candidato do bem" e mostrar que é o mais preparado para administrar o país. Ambos usaram clipes caprichados, com músicas de apelo emocional.

Serra disse que quer governar o país com uma “economia forte, com aumento de emprego e distribuição de renda”. No programa, mostrou momentos com a família e falas da mulher, Mônica Serra, e da filha, Veronica Serra. Ele até cantou antiga canção de Carnaval que costumava entoar para os filhos.Também voltou a mostrar suas principais realizações na área da Saúde.

Entre as principais promessas, destacou que, se eleito, irá  aumentar o salário mínimo para R$ 600, dar 10% de reajuste a todos os aposentados e abrir 1 milhão de vagas em escolas técnicas. Serra encerrou sua fala no programa pedindo voto e mostrando-se confiante no segundo turno. “No domingo, eu peço o seu voto. Vamos ao segundo turno e, se Deus quiser, à vitória”.

Serra também teve direito de resposta no programa do PSTU, que numa propaganda de 15 segundos veiculada em 18 de setembro, acusou o tucano de ter "rabo preso" e o vinculou a atos corruptos. “Nunca teve nenhuma mancha em sua biografia. Serra não merece as ofensas e calúnias da qual foi vítima”, disse a mensagem da coligação “O Brasil Pode Mais”.

A líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT), abriu seu programa dizendo que, no domingo, o eleitor vai “decidir entre dois modelos de governo”, afirmando que o modelo atual "foi responsável por mudar o Brasil”.

Ao longo do programa, a petista fez um “pingue-pongue” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversos pontos do Brasil, ambos destacaram as realizações do atual governo nas cinco regiões do país, especialmente na área de empregos e agricultura.

Lula, em seu depoimento final, disse que assim como ele, Dilma "gosta dos pobres", respeita a vida, a paz, a liberdade e as religiões.

Dilma tentou mostrar um lado suave, dizendo que, se eleita, vai governar com "paz, amor e serenidade". Ela novamente se defendeu do que o PT chama de "boatos de fim de campanha", negando que fosse fazer qualquer restrição religiosa. Afirmou que vai "defender a democracia e a liberdade, respeitar a fé, as religiões e as convicções das pessoas e defender a vida". 

Nesta semana, circularam informações na internet de que a petista teria dito que defendia o aborto, que nem Jesus Cristo tiraria sua vitória nessas eleições e que, se eleita, fecharia templos. Para combater essa campanha, Dilma se reuniu nesta quarta-feira com lideranças religiosas e convocou uma entrevista coletiva.

A terceira colocada nas pesquisas, Marina Silva (PV), dedicou seu programa a reforçar o crescimento apresentado nas últimas pesquisas. A verde direcionou seu discurso às mulheres e aos jovens, dizendo “vamos ao segundo turno”.

Já o candidato do PSOL, Plíno de Arruda Sampaio, acostumado a dizer “vote PSOL, vote 50”, aproveitou para pedir o voto do eleitorado. “Neste dia final, quero o seu voto. Vote PSOL, Vote Plínio”, disse o socialista.
 

 

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