Dutra disse que não vai admitir que tentem "forjar a participação do PT" no caso Erenice
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, anunciou na tarde desta quinta-feira (16) que a legenda irá entrar com uma representação criminal por calúnia e difamação contra o empresário Rubnei Quícoli.
"Não admitimos que ninguém, principalmente um cidadão com essa folha corrida, venha tentar forjar a participação da campanha do PT neste episódio", afirmou Dutra.
Em entrevista publicada hoje pela Folha de S.Paulo, Quícoli acusa Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, de cobrar propina para a obter a liberação de empréstimos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Erenice pediu hoje sua demissão do cargo.
O partido também vai entrar com um pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal para que sejam investigadas as denúncias publicadas na edição de hoje da Folha. A sigla entrará ainda com uma representação civil por danos morais contra o empresário.
O dirigente garantiu que as acusações de Quícoli são falsas, uma vez que durante a pré-campanha apenas o tesoureiro da sigla, João Vaccari Neto, e o próprio Dutra tinham acesso ao caixa de campanha.
Somente a partir de 5 de julho, o ex-prefeito de Diadema, José Filipi Jr., tornou-se o tesoureiro da campanha petista ao Palácio do Planalto. Dutra não quis estender seu comentário sobre a saída de Erenice. "Independentemente da saída dela, o episódio será apurado", minimizou.
O presidente do PT disse ainda que lamenta que a campanha eleitoral tenha sido pautada, segundo ele, não pela apresentação de projetos, mas sim por episódios como este.