A candidata Dilma Roussef cancelou a participação em comício que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Belém (PA) para tentar alavancar a candidatura da correligionária Ana Júlia Carepa.
O cancelamento se deu no dia da saída da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, ligada a Dilma, por suspeitas de haver tráfico de influência em sua pasta. O presidente Lula também evitou a imprensa.
A assessoria de Dilma informou que ela cancelou a ida a Belém porque faria exames médicos em São Paulo para avaliar a lesão sofrida recentemente no pé.
Lula chegou a Belém no início da tarde. Ele participou de cerimônia no Banco de Desenvolvimento da Amazônia (Basa) em companhia dos ministros Sérgio Passos, dos Transportes, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Luiz Dulci, da Secretaria Geral.
O presidente assinou a autorização para a publicação de editais de contratação de obras de pavimentação de três trechos da rodovia Transamazônica. A via existe há 40 anos e, ainda, não foi totalmente asfaltada.
À noite, Lula discursou por cerca de meia hora em comício realizado no bairro da Pedreira, subúrbio de Belém. Em nenhum dos dois momentos de sua estadia na capital paraense, ele atendeu a imprensa.
No discurso, o presidente se deteve a pedir votos para a candidata à governadora, Ana Júlia Carepa.
Ele atacou os adversários da candidata, liderados pelo tucano Simão Jatene, que estão na dianteira da disputa, segundo pesquisa realizada pelo Ibope.
Quanto à Dilma, disse que havia decidido não falar dela, mas voltou atrás para ressaltar que, diferentemente do que diziam sobre o suposto despreparo da candidata à sua sucessão, ela tem condições de assumir a Presidência.
“Diziam que ela não tinha traquejo. Eu não estaria entregando o destino do povo brasileiro a quem eu não acreditasse cegamente”, afirmou.