11/09/2010 - 16h13

Erenice Guerra diz que acusação de lobby feita por revista tem fins eleitoreiros

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Em nota divulgada neste sábado (11), a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, rebateu as acusações publicadas pela revista "Veja" na edição deste final de semana.

Segundo a reportagem, Erenice teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de seu filho Israel Guerra e montado no Palácio do Planalto uma central de lobby, cobrando de empresários interessados em fazer negócios com o governo propina de 6%. Na nota, Erenice nega todas as acusações e classifica a matéria de “caluniosa” e de ter "fins eleitoreiros".

“Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei”, diz a ministra. Ainda de acordo com o documento, Erenice coloca à disposição das autoridades seu sigilo fiscal, bancário e telefônico, bem como os de sua família.

No final, Erenice, que antes de assumir a Casa Civil era ex-secretária executiva da presidenciável Dilma Rousseff (PT), alega que a reportagem tem fins eleitoreiros.

“Lamento que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos”.

Confira  a nota na íntegra:

Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:

1) Procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos - tanto eu quanto os meus familiares - as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;

2) Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;

3) Como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, à disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;

4) Lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.

Brasília, 11 de setembro de 2010.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República
 

 

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