11/09/2010 - 16h55

Em Goiânia, Serra diz que Casa Civil é centro de maracutaia

Luiz Felipe Fernandes
Especial para o UOL Eleições
Em Goiânia
  • O presidenciável tucano José Serra, ao lado de Marconi Perillo, candidato ao governo de Goiás pelo PSDB, durante comício neste sábado (11)

    O presidenciável tucano José Serra, ao lado de Marconi Perillo, candidato ao governo de Goiás pelo PSDB, durante comício neste sábado (11)

O candidato a presidente José Serra (PSDB) disse neste sábado (11), em Goiânia, que a Casa Civil “tem sido um foco de problemas para o Brasil”. Ao comentar reportagem da revista Veja, sobre o suposto envolvimento do filho da ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra em um esquema de cobrança de propina para que empresários fechassem contratos com órgãos do governo, Serra afirmou que a Casa Civil aparece novamente como o “centro de maracutaia”.

“Eu lembro que no caso do mensalão, na época do Zé Dirceu, o centro foi a Casa Civil. Depois a Dilma deixou lá seu braço direito, uma pessoa muito próxima, e hoje de novo o centro de maracutaia é a Casa Civil”, disse o tucano, que também atacou a adversária ao dizer que a candidatura da petista é um “envelope fechado, com partes secretas e coisas não explicadas”.

Serra cobrou investigação da denúncia publicada pela revista. Segundo a reportagem, Israel Guerra, filho da ministra-chefe, seria dono de uma empresa de consultoria que estaria cobrando de empresários interessados em fechar negócios com o governo federal para facilitar os contratos. “Essas denúncias têm que ser apuradas e tem que haver punição, não cobertura, diversionismo, ocultamento”, afirmou o tucano.

Ao qualificar de gravíssima a nova denúncia, o candidato citou as prisões de políticos do Amapá que, segundo ele, fazem parte de uma coligação apoiada por Dilma Rousseff. “Não é possível que alguns partidos, alguns candidatos achem natural esse processo de corrupção no nosso país”.


Serra não quis falar sobre os números da última pesquisa Datafolha, que continuam apontando vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno, nem sobre o pouco efeito que as denúncias de quebras de sigilo feitas pela Receita Federal provocaram na preferência do eleitorado. “Na campanha a imprensa adora bastidor, tititi, fofoca e pesquisa. Eu não analiso nenhuma das duas coisas. Eu falo a respeito do Brasil”.

Encontro

 Serra chegou a Goiânia pontualmente às 13h45 e foi direto ao comitê do candidato ao governo de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O presidenciável falou a uma plateia composta por agentes comunitários de saúde de vários Estados e prometeu, caso seja eleito, regulamentar a emenda constitucional que fixa uma remuneração mínima para a categoria.

O candidato também garantiu que vai implantar um programa de formação de 500 mil técnicos de enfermagem em todo o país, aos moldes do Profae (Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem), criado quando ele era ministro da Saúde.

Infraestrutura

Mais uma vez os investimentos em infraestrutura dominaram boa parte das promessas de José Serra para os goianos. O candidato voltou a citar a precariedade do aeroporto de Goiânia e garantiu que vai implantar o metrô na capital.

Entre os compromissos assumidos, o tucano destacou também a duplicação da BR-060 até Mato Grosso, a ampliação da ferrovia Norte-Sul até São Paulo e a construção de um terminal de cargas em Anápolis, terceira maior cidade de Goiás. “Isso vai significar mais progresso para um Estado que está na vanguarda do desenvolvimento brasileiro”, destacou.

Serra também falou sobre a necessidade de alterar o código penal para não permitir que criminosos como o maníaco de Luziânia, que matou oito jovens, e um dos assassinos do jornalista Tim Lopes fossem beneficiados com a progressão de pena, podendo responder pelos homicídios em liberdade.
 

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