03/09/2010 - 20h56

Falso procurador da filha de Serra filiou-se ao PT em 2003

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Antonio Carlos Atella Ferreira, portador de uma procuração falsa usada para retirar dados sigilosos do imposto de renda de Verônica Serra, foi filiado ao PT de Mauá em outubro de 2003. A informação foi divulgada na noite nesta sexta-feira (3) no Jornal Nacional, da TV Globo, após confirmação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) paulista.

De acordo com o TRE, Atella Ferreira foi registrado no PT em 20 outubro de 2003 e foi registrado como “excluído” em 21 de novembro de 2009. Isso não significa necessariamente que ele tenha se desfiliado do partido, uma vez que pode ter havido uma informação errada no registro que não tenha sido corrigida.

O sigilo da filha do presidenciável José Serra (PSDB) foi violado dois meses antes da exclusão, em setembro. Também em entrevista ao Jornal Nacional, Atella afirmou que pode ter se filiado ao PT em um momento de empolgação. O presidente do partido, José Eduardo Dutra, negou envolvimento da campanha de Dilma Rousseff (PT) com o incidente.

Atella Ferreira deu depoimento nesta sexta-feira sem a presença de advogados na Polícia Federal em São Paulo. Saiu sem ser indiciado.

Também de acordo com o TRE paulista, Ademir Estevan Cabral, apontado por Atella Ferreira como autor da procuração falsa usada para acessar as declarações da filha de Serra, é filiado ao PV desde 2007. A candidata do partido à Presidência, Marina Silva, afirmou que o partido está investigando o assunto.

“Se tiver qualquer envolvimento ilícito, [que] ele seja expulso”, disse a senadora. A candidata também criticou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por dizer mais cedo que “vazamentos sempre ocorreram”.

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