01/09/2010 - 20h07

Em entrevista, Dilma chama acusação de quebra de sigilo de "leviana"

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, disse nesta quarta-feira (1º) que é a maior interessada na apuração da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao partido do PSDB e classificou as acusações contra ela e sua campanha de "levianas".

"Eu sou a maior interessada porque estou sendo acusada sistematicamente de forma leviana", disse a candidata em entrevista ao Jornal do SBT.

Questionada sobre a acusação da coligação de José Serra (PSDB), que na noite desta quarta entrou com ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para apurar a participação da candidata petista e de sua campanha no caso, Dilma rebateu criticando a falta de provas da acusação.

"Eu não entendo as razões que levam o candidato da opoisição a levar contra a minha campanha uma acusação tão leviana, que não tem nem provas nem fundamento. Temos que ter clareza. Esse vazamento aconteceu em setembro de 2009. A minha campanha nem existia e nem candidata eu era", disse a petista.

Ao responder se o fato de em 2006, um dossiê elaborado por integrantes do PT para prejudicar a campanha do então candidato José Serra ter sido denunciado, não reforçava a suspeita de participação de integrantes do partido na quebra de sigilo, Dilma elevou o tom.

"Assim eu levantarei fatos passados do meu adversário, como o  vazamento de dívidas de deputados com o Banco do Brasil no momento em que estavam votando e emenda de reeleição do Fernando Henrique Cardoso, ou em junho de 2009, quando um senador, o que foi hoje lá, divulgou dados absolutamente sigilosos  sobre a direção da Petrobrás para fazer a CPI da Petrobrás", disse referindo-se ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

"O partido do candidato adversário e o meu adversário são vazadores contumazes. Não têm etica suficiente para lidar com a coisa pública", afirmou Dilma.

Ainda na entrevista, a candidata petista voltou a descartar a criação de um novo imposto para a saúde e disse que não nomearia nenhum dos envolvidos no caso Mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, em um eventual governo seu, antes do julgamento. 

Sobre a participação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, Dilma declarou: "Eu o considero um político, um técnico dos melhores. Mas não discuto composição de equipe antes de ganhar a eleição. Seria um desrespeito com o eleitor".

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