Marina Silva diz que ajuste fiscal deve ser feito ''progressivamente''

Diferentemente da candidata Dilma Rousseff (PT), a presidenciável Marina Silva (PV) afirmou, nesta terça-feira (31), que uma reforma fiscal no País, é "necessária" e deve ser feita "progressivamente". Nesta segunda-feira, a petista disse que O Brasil "não precisa mais de ajuste fiscal".

"É preciso equilibrar as contas públicas, o que não se consegue fazer num passe de mágica. O que nós pretendemos é limitar o gasto público à metade do crescimento do PIB, mas sem deixar de investir onde se deve investir. Para isso, o ajuste fiscal deve ser feito progressivamente, para evitar o desequilíbrio fiscal", disse Marina, descartando a hipótese de realizar a reforma fiscal no primeiro ano de um eventual governo seu.

A candidata verde particiou, ao lado do vice Guilherme Leal, de um encontro com empreendedores, promovido pelo Instituto Endeavor, em São Paulo, no qual destacou a importância de igualar as oportunidades para os empreenderores brasileiros e de se estabelecer uma "cultura do empreendedorismo" nas instituições educacionais.

"Essa atitude empreendedora precisa estar presente nas instituições para criarmos lideranças. É só a gente ensinar que [liderança] se aprende e não inibir as pessoas", disse a senadora. "A política tem essa coisa de inibir cognitivamente as pessoas. Basta alguém dizer em quem você deve votar que as pessoas votam", completou ela.

Ao falar de igualdade de oportunidades, Marina voltou a falar sobre a possibilidade de ter duas mulheres no segundo turno das eleições presidenciais.

"Parece que estão querendo uma mulher [na Presidência]. Então vamos colocar duas mulheres com igualdade de tempo. É muito bom que a candidata Dilma seja apresentada pelo presidente Lula, mas chega uma hora que a gente tem que se expor", disse a senadora questionando a pouca exposição da adversária petista.

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