31/08/2010 - 21h03

Lula defende cartolas, arrasta candidatos e politiza festa do Corinthians

Maurício Savarese e Maurício Stycer
Do UOL Eleições
Em São Paulo
  • Lula ganha de Sanchez camisa 13 do Corinthians

    Lula ganha de Sanchez camisa 13 do Corinthians

Em uma cerimônia que se anunciava como de caráter esportivo, mas que ganhou um tom politico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o título de “chanceler honorário do futebol brasileiro”.

Lula foi presenteado com uma faixa de presidente da “Republica Popular do Corinthians” e ganhou uma camisa com o número 13, o mesmo do Partido dos Trabalhadores, das mãos do presidente do clube Andrés Sanchez, filiado ao PT.

Lula defendeu os dirigentes de clubes que, segundo ele, eram acusados de compor “um antro de maus administradores, de bandidos”. “Precisava de um presidente que conhecesse a arquibancada de um campo de futebol para mudar o entendimento sobre isso”, afirmou.

O presidente se comprometeu a fazer uma proposta de aposentadoria para jogadores profissionais até o final de seu governo. Lula disse ainda que os clubes podem acabar com os cambistas aderindo à venda de ingressos por lotéricas.

Na plateia também havia vários políticos, como a candidata ao senado Marta Suplicy, vereadores e os ministros do Esporte, Orlando Silva, das Cidades, Marcio Fortes, da Previdência, Carlos Eduardo Gabbas, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os dois últimos corintianos.

Foi uma festa regada a chope, refrigerantes, empadinhas e bolinho de bacalhau. Poucas mulheres estavam entre as centenas de convidados, entre elas a ex-jogadora de basquete Hortência.

Entre os cartolas presentes, o que mais chamou atenção foi o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, que circulou à vontade pelo salão nobre do clube rival. “Eu me sinto bem aqui. É uma coisa mais parecida com a gente”, disse.

Já o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, demonstrou constrangimento e permaneceu a maior parte do tempo isolado, de braços cruzados e sem falar com ninguém.

Há dois dias, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o governo paulista e a prefeitura anunciaram a criação de um novo estádio para a abertura da Copa do Mundo de 2014, escanteando o Morumbi. Lula havia declarado apoio ao estádio do São Paulo há pouco mais de um mês.

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