28/08/2010 - 18h15

Dilma diz que receberia atuais rivais no governo se for eleita

Camila Camparenut
Do UOL Eleições
Em Brasília
  • Ao lado do presidente do PT, José Eduardo Dutra, Dilma sinaliza para atrair atuais rivais

    Ao lado do presidente do PT, José Eduardo Dutra, Dilma sinaliza para atrair atuais rivais

Líder nas pesquisas de intenção de voto, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, indicou neste sábado (28) que, se for eleita em outubro, tentará atrair oposicionistas hoje ligados às candidaturas de José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) ao Palácio do Planalto. Ela também criticou a rival Marina por pedir que a disputa não seja definida já no primeiro turno, cenário apontado por todas as principais pesquisas.

“[Quando acabarem as eleições] se desarma o palanque e se estende a mão para quem quiser participar [do governo]", afirmou Dilma em entrevista coletiva em seu escritório de campanha, sem se referir especificamente a quais adversários gostaria de ver em um governo comandado por ela.

A candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu também que distribuirá recursos sem se preocupar com os partidos aos quais são filiados prefeitos e governadores.

A declaração surge em uma semana na qual aliados de Serra no PTB, conforme noticiou o jornal Folha de S.Paulo, já sinalizam interesse em participar de um eventual governo Dilma. O PP, que não deu apoio oficial a nenhuma candidatura presidencial, também se aproximou da campanha da petista.

Sobre a ex-colega de ministério Marina, que mais cedo pediu aos brasileiros que levem a disputa para o segundo turno, Dilma foi crítica. Viu uma “avaliação precipitada” da ex-ministra do Meio Ambiente, que deixou o PT para ser candidata à Presidência pelo PV. “O fortalecimento da democracia se dá seja em primeiro turno ou em segundo turno”, rebateu.

Receita
A candidata do PT disse também que é necessário maior controle na Receita Federal, onde foram violados sigilos de imposto de renda de pessoas ligadas ao PSDB e a Serra. Dados extraídos dali acabaram em um dossiê de um grupo que negociou com a pré-campanha da ex-ministra.

“Acho que em qualquer esfera pode haver corrupção. Temos que apostar no fortalecimento das instituições. Maior controle na Receita, e não deixar vazar [informações sigilosas]”, disse.

A petista destacou que o convite à imprensa não tinha intuito de discutir novamente o vazamento de dados de membros do PSDB. Os tucanos acusam a campanha petista de ordenar a quebra de sigilo para prejudicar Serra.

Na ordem do dia da candidata, estava o tema “cuidado e desenvolvimento das crianças e adolescentes”. Segundo Dilma, na segunda etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão incluídos R$ 7,6 bilhões para construção de 6 mil creches em quatro anos - 1.500 delas por ano.

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