26/08/2010 - 17h46

Ministério da Justiça nega usar operação da PF para fins eleitorais

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, negou na tarde desta quinta-feira (26) que a divulgação dos resultados da Operação Sentinela tenha tido cunho eleitoral em favor da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. "Isso não tem nenhuma vinculação com a política", frisou Barreto.

Para o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, o período eleitoral é "irrelevante". O relevante, segundo ele, é a proximidade com o período de entrega dos números ao governo federal.

Nesta tarde, a PF e o Ministério da Justiça chamaram a imprensa para apresentar os resultados de março a julho da operação, cujo objetivo é combater a violência e o tráfico de drogas em regiões de fronteira. Os resultados da operação revelam que foram apreendidos cerca de 46 toneladas de drogas, incluindo maconha, cocaína, crack e haxixe.

Outro dado que chama a atenção é o número de agrotóxicos e remédios falsificados que foram confiscados. No caso dos agrotóxicos foram cerca de 32 toneladas, ante mais 251 mil unidades de medicamentos.

A operação contou com a participação de 11,5 mil agentes e teve início em março nos Estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul e Paraná, e foi ampliada, a partir de abril, para o Mato Grosso, Rondônia, Acre, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Roraima, Pará e Amapá. 

Questionado sobre o curto período da operação e os dados preliminares dos resultados, Corrêa justificou que a reunião dessas informações teve a finalidade de fechar o orçamento que deve ser encerrado até 31 de agosto. 

No dia 1º de setembro, haverá uma reunião interministerial onde o órgão deve apresentar uma nova proposta orçamentária geral e também específica para a operação.

Corrêa não quis dizer o quanto será pleiteado para a polícia em 2011, mas destacou que dentro da política de enfrentamento do crack, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio deste ano, a PF recebeu R$ 29 mi para serem usados até o fim de 2010. O combate à droga é uma das principais bandeiras de campanha de Dilma na disputa pelo Palácio do Planalto.

 

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