26/08/2010 - 19h53

Dilma diz que Serra cria factóides para atrapalhar sua campanha

Heliana Frazão
Especial para o UOL Eleições
De Salvador

A candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff acusou hoje, em Salvador, o seu adversário, José Serra (PSDB), de criar factóides para prejudicar a sua campanha. Segundo Dilma, a acusação de que o PT teria quebrado o sigilo fiscal de membros do PSDB, é “sistemática e sem provas".

“Isso só prova o desespero dele (Serra). Não é possível utilizarem novamente de um expediente, sem provas, para tentarem me prejudicar”, disse a ex-ministra da Casa Civil ao desembarcar na capital baiana, nesta quinta-feira (26), para participar de um comício na Praça Castro Alves, região central da cidade.

Dilma disse ainda que o seu partido ingressou nesta quinta com duas ações contra o que ela considera “uma calúnia”. “Nós pedimos, inclusive à Polícia Federal, para que nos explique como vazaram essas informações. Porque, se eram sigilo, como foram parar nos jornais?”, questionou, afirmando que isso lhe causa estranheza.

A candidata disse ainda que o seu partido poderia ter agido da mesma forma com relação ao vazamento de dados fiscais da Petrobras ano passado. “Mas nós não dissemos que foram eles (PSDB) porque nós não somos desse tipo”, criticou.

Dilma esquivou-se mais uma vez de comentar o resultado da pesquisa DataFolha, divulgado nesta quarta-feira (26), que a coloca com 20 pontos percentuais à frente de Serra. “Sobre pesquisa eu tenho a seguinte posição: você até pode ficar feliz, mas pesquisa não ganha eleição. É como jogo de futebol, o que vale é bola na rede. Em eleição o que vale é voto na urna no dia 3 de outubro”, disse.

A petista disse também que tem sido acusada de olhar pelo retrovisor, ao citar as realizações do governo Lula em sua campanha. “Eu olho pelo retrovisor porque vejo um monte de realizações e um rosto que é de uma liderança, o presidente Lula. O meu adversário, quando olha para o retrovisor, não gosta do que vê, porque ele vê o governo anterior”, comparou, referindo-se ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Indagada sobre posição com relação ao aborto, ela respondeu que, como mulher é contra, mas como presidente, deverá encarar o problema como uma questão de saúde pública.
 

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