24/08/2010 - 16h16

Em meio a tumulto no metrô, Serra mostra indiferença diante de vantagem de Dilma

Andréia Martins
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mostrou-se indiferente ao resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (24). Segundo a pesquisa, a candidata do PT, Dilma Rousseff, está 17 pontos percentuais à frente do tucano.

"Não estou nem tranquilo, nem intranquilo", disse Serra ao comentar que os resultados não o farão mudar de estratégia. "Temos 40 dias de campanha ainda nas ruas", afirmou.

Serra realizou uma curta caminhada na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, ao lado dos tucanos Geraldo Alckmin (candidato ao governo do Estado de São Paulo), José Aníbal e Aloysio Nunes (candidato do PSDB ao Senado); Roberto Freire, candidato a deputado federal pelo PPS; Kiko e Leandro do KLB, candidatos a deputado federal e estadual pelo DEM, respectivamente; e Orestes Quércia, candidato ao Senado pelo PMDB.

No trajeto entre o metrô Ana Rosa a recém inaugurada estação Vila Prudente, na linha 2 (verde), houve tumulto devido à aglomeração de jornalistas no vagão do presidenciável e reclamações por parte dos usuários do serviço. Alguns jornalistas chegaram a ficar de pé nos assentos dos trens; Serra ameaçou imitá-los, mas recuou. "Não vai ficar bem", brincou.

"Eu e o Serra, em 2008, sentamos na cadeira preferencial dos idosos e virou manchete", disse Alckmin, que governou o Estado entre 2002 e 2006. O tucano aproveitou a caminhada para gravar imagens para sua campanha eleitoral. À certa altura, o ex-governador pediu votos para Aloysio Nunes e Orestes Quércia.

Questionado sobre a possível influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao Palácio dos Bandeirantes, Alckmin respondeu: "não existe nenhuma preocupação de minha parte com o presidente Lula, cada um defende o seu candidato".

Perguntado se iria "grudar" em Alckmin para alavancar sua popularidade, Serra preferiu não responder, assim como fez quando foi questionado sobre o atraso na entrega das estações da linha 4 (amarela) do metrô paulistano. "Aqui não dá para falar", afirmou, em meio ao tumulto em um dos vagões.

O tucano também criticou a atual demora na inclusão de novos medicamentos na lista dos genéricos. “Tem cerca de R$ 2 bilhões de medicamentos genéricos parados na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Até remédios que eu usaria. No meu tempo [como ministro da Saúde], isso levava dois ou três meses. Agora demora quatro”, disse Serra ao reclamar do excesso de burocracia na área.

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