24/08/2010 - 16h28

Coordenador de comitê pró-Serra admite falta de material de campanha no RS

Alexandre de Santi
Especial para o UOL Eleições
Em São Paulo

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, teve uma reunião de emergência com representantes dos seis partidos que compõem o Movimento Gaúchos com Serra nesta sexta-feira. Durante um almoço, em Porto Alegre, políticos do PMDB, PPS, PP, PTB, PSDB e DEM relataram a Guerra os problemas na campanha do tucano no Rio Grande do Sul. Após o encontro, o deputado federal Germano Bonow (DEM), coordenador do movimento, admitiu que não há material de campanha de Serra disponível no Estado.

“O bloco ainda não está na rua”, resumiu Bonow, ao explicar porque Serra vem caindo nas pesquisas entre os eleitores gaúchos. O tucano exibia vantagem de mais de 10 pontos percentuais no Estado, mas, segundo as pesquisas mais recentes, há um empate técnico entre Serra e Dilma Rousseff. Além disso, o PSDB saiu vitorioso na disputa presidencial no Rio Grande do Sul na última eleição presidencial.

De acordo com Bonow, o movimento encontra dificuldades legais para arrecadar e aplicar o dinheiro de campanha. Como é um movimento suprapartidário sem registro oficial, criado na última segunda-feira, dia 16, quando Serra visitou Porto Alegre, o grupo necessita do apoio direto dos partidos para operar, relatou o coordenador, o que tem dificultado as ações.

Sem o amparo jurídico e logístico, o grupo não pode bancar adesivos e bandeiras para os eleitores. “Não. Hoje não temos material para distribuir”, admitiu Bonow. Na visita de Serra, o material foi bancado pelo PPS e a arrecadação ficou por conta do PSDB.

Guerra, que também teve um encontro reservado com a governadora Yeda Crusius na passagem por Porto Alegre, ficou cerca de uma hora reunido com os apoiadores, entre eles os deputados federais Osmar Terra (PMDB), Ibsen Pinheiro (PMDB) e Claudio Diaz (PSDB), e ficou de trazer soluções e ajudar a campanha do tucano no Estado.

Ao final, o presidente do PSDB disse que o candidato deve passar a aparecer no programa de Yeda para “colar as campanhas”, reforçando sua imagem entre o eleitorado gaúcho, o que ainda não ocorreu, apesar da governadora e do ex-ministro pertencerem ao mesmo partido. Guerra admitiu a necessidade aumentar o poder de fogo do movimento pró-Serra.

“Esse comitê suprapartidário tem que ganhar escala, tem que ter mais capacidade operacional”, disse. O senador disse ainda que o movimento deverá receber recursos “modestos” da comitê central de Serra e ironizou a situação do caixa do PSDB: “Recurso quem tem é o PT. Nós estamos do lado da pobreza, eles estão do lado da riqueza”.
 

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