A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, avaliou nesse domingo, ao final de reunião com assessores, que a segurança pública no país deve tratar o crime organizado “com mais profissionalismo”, integrando o trabalho das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, somado a ações de inteligência. “O crime tem que ser combatido com a melhor arma disponível. Isso significa sair do amadorismo e ir para o profissionalismo”, disse.
Dilma defendeu a compra de mais dez veículos aéreos não tripulados de tecnologia israelense que permitem voos a uma altura de 10 mil metros e capazes de detectar e filmar objetos se movendo a 50 cm do solo. O governo já conta com dois destes veículos. A ideia é utilizá-los nos mais de 8 mil km de fronteira seca do Brasil no combate ao tráfico de armas e drogas.
Questionada sobre o projeto de seu principal adversário, o candidato José Serra (PSDB), de criar um Ministério da Segurança, Dilma disse que descarta a opção e criticou a situação da segurança em São Paulo.
“Minha proposta se baseia na experiência do governo Lula. Nunca vi proposta nesse sentido de nenhum dos meus concorrentes. [...] A experiência de criar uma secretaria de Segurança Pública e outra de assuntos penitenciários levou a acabar com o crime em São Paulo?”, alfinetou.
A petista acrescentou que pretende investir no Ministério da Justiça, no aumento de salário dos oficiais e na oferta de bolsas de estudo para os oficiais.
A candidata preferiu não se manifestar sobre a decisão do TSE de determinar que somente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode processar Serra pelo uso de sua imagem. Dilma disse que fica a critério de Lula a decisão e que o povo não “é ingênuo ao ponto de acreditar que políticos, que no passado criticavam o governo Lula, agora fazem uso de sua imagem para obter votos”.