18/08/2010 - 20h52

Leia a íntegra do primeiro bloco do debate entre presidenciáveis promovido pela Folha e UOL

BLOCO 1

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Bom dia. A Folha de São Paulo e o UOL têm o prazer de receber a todos para este que é o primeiro debate Online entre candidatos a Presidente da República no Brasil.
O debate está sendo transmitido ao vivo pela Internet, e terá aproximadamente duas horas de duração. Haverá seis blocos separados por intervalos de cerca de cinco minutos cada. Como se trata de um evento hospedado na Internet, o maior número de perguntas será dos internautas que enviaram centenas de questões gravadas em vídeo. O UOL atinge mais de 70% dos internautas brasileiros, mas este é um evento democrático e livre, como a Internet. Por essa razão, o sinal de vídeo deste debate histórico foi colocado à disposição de todos os veículos na Internet que tiveram interesse em transmitir o encontro.

Neste momento, mais de 40 portais, sites, blogs, estão fazendo a transmissão simultânea e ao vivo e completa, e os endereços todos estão nas páginas do UOL e da folha.com.. Este evento inédito só está sendo possível, porque a lei eleitoral foi alterada em 2009, só então a Internet passou a ter no Brasil liberdade plena para organizar debates eleitorais. Por essa razão, o critério utilizado foi o de ter hoje aqui presentes os três candidatos cuja pontuação na pesquisa Datafolha fica acima ou no patamar dos 10%, e os candidatos a Presidente da República convidados são os seguintes: Marina Silva, do PV, José Serra, do PSDB, Dilma Rousseff, do PT.

A Folha de São Paulo e o UOL agradecem a presença dos três candidatos e ressaltam que todos os outros postulantes ao Palácio do Planalto também têm e terão ampla cobertura jornalística durante esta campanha. São os seguintes os outros candidatos ao Planalto: Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, Ivan Pinheiro, do PCB, José Maria, do PSTU, José Maria Eymael, do PSDC, Levy Fidelix, do PRTB e Rui Costa Pimenta, do PCO.

Ficou acertado entre os candidatos aqui presentes e os organizadores, que não serão permitidas ofensas à honra e à dignidade. Todos, é claro, vão procurar manter um bom nível de discussão, mas, se for necessário, quem for ofendido terá direito a responder, e, em caso de dúvida, se cabe ou não direito de resposta, a decisão será de um comitê arbitral composto por Marion Strecker, diretor de conteúdo do UOL, Vinícius Mota, Secretário de Redação da Folha e a advogada Taís Gasparian.

E antes de iniciar, a Folha de São Paulo e o UOL agradecem a equipe do Tuca, Teatro da Pontifícia Universidade Católica, a PUC, que gentilmente cedeu espaço para a realização do evento. O auditório do Tuca tem quase 700 lugares, mas por solicitação dos representantes dos três candidatos, foram distribuídos apenas 150 convites para assinantes da Folha e do UOL.

Agora, terá início o primeiro bloco cujas regras são as seguintes: candidato pergunta para candidato, cada candidato fará uma pergunta e responderá a outra pergunta obrigatoriamente. De acordo com o sorteio prévio ficou definido que Marina Silva fará a primeira pergunta e terá um minuto para formular a sua questão, ela escolhe quem vai responder. O candidato que responde terá dois minutos, quem perguntou terá direito a réplica de um minuto e meio, e quem respondeu terá o mesmo um minuto e meio para a tréplica. Depois de Marina Silva, vão perguntar neste primeiro bloco José Serra e Dilma Rousseff.

Candidata Marina Silva, bom dia, a senhora tem um minuto para formular sua pergunta e indicar quem vai responder.

[Marina Silva Candidata do PV]: Bom dia, Fernando, bom dia a todos os internautas, todos que estão aqui no auditório, bom dia Dilma, Serra.
Primeiro eu quero parabenizar a Folha UOL por essa oportunidade inédita de promover um debate dessa magnitude, o primeiro com os candidatos pela Internet.

E a minha pergunta vai para a Dilma. Dilma, todos nós temos a clareza de que a reforma política, assim como as demais reformas são muito importantes, mas temos até dito que a reforma política é a mãe das reformas. A minha questão é de que essa reforma não é fácil de ser feita, além das demais, tanto é que propus uma constituinte exclusiva para que possamos realizar as reformas. A minha pergunta é: que reforma política você vai fazer e como irá fazer essa reforma política?

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidata Dilma Rousseff, a senhora tem dois minutos para a sua resposta.

[Dilma Rousseff Candidata PT]: Eu queria também cumprimentar a Folha, cumprimentar os candidatos, a Marina, o candidato Serra, a todos os convidados, aos jornalistas, e a você, Fernando, por dirigir este debate. Queria dizer para a Marina que eu concordo com ela, acho que tem duas reformas que são imprescindíveis, uma é a reforma política, e a outra a reforma tributária. No caso da reforma política, nós, inclusive, durante o governo Lula, como até você deve se lembrar, nós enviamos para o início de debate ao Congresso um conjunto de propostas.

Entre elas eu queria destacar o financiamento público de campanha, algo que depois virou uma legislação, que foi a fidelidade partidária e, também, o voto em lista, que eu acho mais complicado, porque seria necessário que os partidos fossem bastante fortalecidos para que se evite o controle por burocracias partidárias do processo eleitoral, mas de qualquer forma eu acho que seria muito importante um processo democrático de discussão da questão da reforma política para a gente melhorar a nossa democracia, a nossa governabilidade.

E aí uma das possibilidades é justamente essa que você levanta, Marina, é a questão da constituinte exclusiva. Porque seria uma forma de você ter um conjunto de pessoas escolhidas e eleitas sem interesse específico na matéria, porque não continuariam, para legislar sobre uma questão tão relevante como é a reforma política.

Agora, eu não fecho questão só nesse processo de constituinte exclusiva. Acho que a gente tem que estar aberta para que haja uma discussão no país à respeito da necessidade dessa reforma e do que fazer.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidata, obrigado. Candidata Marina Silva, a senhora tem um minuto e meio para a réplica.

[Marina Silva Candidata do PV]: Com o Presidente Lula, já são dois ex Presidentes que tentaram fazer a reforma política e não foi possível, e isso não foi possível exatamente porque a conformação das alianças que constituem a base de sustentação desses dois ex Presidentes são aqueles que se beneficiam do processo viciado que nós temos hoje, que leva a uma série de benefícios contrários ao interesse público e que vão na direção do fisiologismo e da política do toma lá dá cá.

É por isso que eu defendo sim a constituinte exclusiva como a única forma de sairmos desse processo vicioso, para um processo virtuoso, aonde a sociedade possa ter a prerrogativa. Eu vi a manifestação do Presidente Lula dizendo que ao terminar o seu mandato ele vai se dedicar a reforma política por entender que é uma questão de partido. Eu digo que é de partido, mas é também da sociedade, é também de todas as pessoas e de todos os segmentos que sabem que nós não podemos mais adiar essa reforma tão importante.

É por isso que eu acho que os dois Presidentes que já passaram por essa experiência frustrada, eles devem se colocar na perspectiva de uma convergência, para viabilizar a reformar e acabar com a política do fisiologismo...

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: [Interrompe a Candidata por acabar seu tempo] Candidata Marina Silva...

[Marina Silva Candidata do PV]: ...que graça ao Congresso, prejudica o interesse público...

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: [Interrompe a Candidata por acabar seu tempo] Candidata Dilma Rousseff, a senhora tem um minuto e meio para tréplica.

[Dilma Rousseff Candidata PT]: É verdade, Marina, o Presidente Lula sempre tem se declarado um defensor da reforma política por entender que a reforma política vai contribuir para que o Brasil tenha uma situação de reforço da democracia muito maior. Sobretudo, por quem passou, nós vamos chegar a oito anos de governo, e teve uma experiência muito difícil na aprovação das mudanças necessárias. Eu vou dar como exemplo a própria reforma tributária.

Então eu concordo que o Presidente Lula, e não só isso, tenho certeza, porque ele prometeu para mim, que uma das questões que ele se dedicará ao deixar o governo será lutar pela reforma política e tentar viabilizá-la. Por isso que acredito, pode ser uma contribuinte exclusiva, mas ela é tão importante que alguns procedimentos, alguma alteração na legislação nós podemos fazer, inclusive, caso isso seja obstaculizado, criem obstáculo, impeçam que ocorra, através de legislação específica, como foi feito no caso da fidelidade partidária.

Eu acredito que essa questão é uma das questões mais relevantes para o reforço institucional do país e para garantia de que nós teremos cada vez uma democracia mais forte e mais robusta.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Obrigado, candidata Dilma Rousseff. Agora o candidato José Serra tem um minuto para formular a pergunta, e de acordo com as regras preestabelecidas, necessariamente tem que perguntar à candidata Marina Silva.

[José Serra Candidato PSDB]: Bom dia a todos, a todas, queria cumprimentar a Marina, a Dilma, e a todos que comparecem aqui hoje para nos assistir. Uma coisa muito rápida, Marina, ou Dilma, essa história de reforma política, constituinte especial, etc., etc., acaba não levando em nada. A minha experiência mostra isso.

O que tinha que se fazer, e eu queria num outro momento ter a opinião de vocês, é o seguinte: implantar o voto distrital puro no município de até 200 mil habitantes para a próxima eleição. Por exemplo, em São Paulo, hoje um vereador disputa eleição em todo o município, e no caso dividiria a cidade por 55 e cada um faria a campanha nessa área. Se isso der certo vai inocular o vírus benigno do voto distrital no Brasil, mas a minha pergunta é sobre a importância do ensino técnico e tecnológico para os jovens, no seu entendimento, Marina.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: A senhora tem dois minutos para a resposta.

[Marina Silva Candidata do PV]: Bem, eu tenho dito que a educação é a prioridade das prioridades. Inclusive eu tive a felicidade de pautar a questão da educação nesse processo político dizendo que nós precisamos fazer uma verdadeira revolução na educação. Acho que nós estamos atrasados em relação a esta prioridade histórica, e é claro que o ensino técnico e ensino profissionalizante é fundamental, mas não o ensino técnico profissionalizante pelo ensino técnico profissionalizante.

É fundamental que a gente faça uma atualização de conteúdo, é fundamental que a gente saia da situação vergonhosa que temos no nosso país, aonde Estados ricos da nossa federação, como é o caso do Rio de Janeiro, que só está ganhando do Estado do Sergipe e do Piauí, e aqui mesmo no Estado de São Paulo, Serra. Infelizmente, mesmo com 20 anos de governo do PSDB nós temos graves problemas em relação a educação.

Lamentavelmente, essa questão que é fundamental para que todos tenham igualdade de oportunidade, vem sendo negligenciado historicamente, em que pese até podemos ostentar alguns dados, mas a verdade é que há uma grande evasão escolar no ensino profissionalizante ou no ensino médio.

Há 40% das nossas crianças não conseguem sequer chegar a oitava série e a minha posição é que temos que ter uma visão de educação, da educação infantil a universidade, aonde o ensino profissionalizante não pode ser em hipótese alguma essa vergonha que faz com que os nossos jovens não tenham acessos a uma educação de qualidade, não tenham conteúdos atualizados, e isso é válido para o Estado mais isolado do nosso país, e ao Estado de São Paulo e ao Estado do Rio de Janeiro, que não têm nenhuma justificativa para não ser uma, não ter uma posição de vanguarda em relação a essa questão. Lamentavelmente não temos...

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: [Interrompe a candidato por encerrar o tempo] Candidata. Candidato José Serra, o senhor tem um minuto e meio para a réplica.

[José Serra Candidato PSDB]: Com relação a ensino técnico eu tenho algumas propostas. Primeiro, Marina, é criar o PROTEC do ensino técnico, o que o PROUNI é para os estudantes universitários, nós criarmos para os estudantes na idade do ensino técnico. Isso é, na minha opinião, fundamental. Segundo, aumentar um milhão de vagas nos próximos anos no setor público, o ensino técnico. Um milhão de vagas em quatro anos, além, sem contar os estudantes do PROTEC.

Mas, ainda, com uma grande variedade de cursos. Aqui em São Paulo nós promovemos um crescimento acelerado. O número de vagas no total deste ano vai ser cem mil a mais do que os 70 mil de quando eu encontrei, e olha que no governo Alckmin já vinha crescendo.
No que se refere ao ensino tecnológico, que é aquele de três anos, superior, nós promovemos aqui uma duplicação das vagas, tem mais alunos do ensino tecnológico federal do que no ensino tecnológico, perdão, tem mais alunos no Estado do que na União, no ensino federal, no que se refere a tecnólogos. E quase o mesmo numero de alunos de ensino técnico.

Isso oferece futuro para os jovens, isso oferece mais crescimento para a economia, isso melhora o aproveitamento do ensino médio.
Quanto aos dados de São Paulo eu vou ter a oportunidade de dar numa próxima vez.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidata Marina Silva, sua tréplica.

[Marina Silva Candidata do PV]: Primeiro eu tenho dito que é fundamental que em política a gente sempre considere que é bom transformar as boas experiências em política públicas, e isso é válido para as boas experiências de governo, é válido para as boas experiências da sociedade, das empresas, que podem sim ser transformadas em políticas públicas.

Lamentavelmente, nessa questão da educação, em que pese alguns números poderem ser colocados, ainda estão muito aquém, e a pergunta que eu faço e que me cala muito profundamente é por que em 20 anos de governo do PSDB nós não tenhamos aqui um exemplo a ser transformado em políticas públicas para o Brasil, e se esteja dizendo agora que se vai fazer em quatro anos aquilo que não se fez em dezesseis e aquilo que não se fez em vinte, numa experiência particular.

Lamentavelmente, nós temos no Brasil, nos Estados mais ricos, os piores exemplos de avaliação em educação, e isso nós vamos resolver com a prioridade número um para a educação, aumentando os recursos, saindo de 5% do PIB para 7%, para que possamos ter uma educação de qualidade que forma o professor e que faz com que os alunos possam sair adequadamente formados para dar a sua contribuição na sociedade, gerando igualdade de oportunidade pela educação, que é a única forma de fazer com que as pessoas...

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: [Interrompe a Candidata] Candidata. Candidata, obrigado. Candidata Dilma Rousseff, a senhora agora faz uma pergunta de um minuto e necessariamente fará a pergunta ao Candidato José Serra.

[Dilma Rousseff Candidata PT]: Candidato Serra, o senhor falou no PROTEC como exemplo para o PROUNI. O Governo do Presidente Lula, o meu governo, criou de fato o PROUNI para assegurar o acesso dos jovens estudantes a pobres em universidades. O partido do seu Vice, principal aliado na sua campanha entrou na Justiça para acabar com o PROUNI, fez uma ação para acabar. Se a Justiça aceitasse o pedido do PFL, como você explicaria essa atitude para 704 mil estudantes que tiveram acesso ao PROUNI?

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Serra, José Serra, a sua resposta em dois minutos.

[José Serra Candidato PSDB]: O DEM nem entrou com o processo, na verdade foi uma questão de inconstitucionalidade de um aspecto e etc., isso há muitos anos, e não tem nada a ver nem com a existência do PROUNI, nem com a minha posição, nem com o meu partido e nem com o que eu apresento.

Se tivesse, Dilma, você estaria contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, PT entrou. O Fundef, que era dar mais dinheiro para os estudantes do nordeste, basicamente para o estudo, para o ensino no nordeste, o PT não só votou contra, como tenho a impressão que até entrou no Tribunal.
O PT entrou no Tribunal para acabar com as OS em São Paulo, que significaria acabar no Rio de Janeiro, na Bahia, em Pernambuco e etc..
O que o PT já aprontou em matéria de quanto pior melhor no Brasil não está escrito. Eu nunca quis perder tempo com isso, investir tempo com isso aqui em debates, agora, já que a questão foi levantada, é interessante.

De fato, em matéria de quanto pior melhor, o PT foi o campeão. Votou contra, não deixou votar, expulsou os deputados que votaram a favor do Tancredo no colégio eleitoral; na Constituição teve até discurso no final, quando a constituinte encerrava, contra o texto constitucional; votou contra o Plano Real. Haja quanto pior melhor!

Quando a inflação, não era dos 12% de 2002 que você disse que estava fora de controle, mas era uma inflação de cinco mil por cento ao mês, que o Fernando Henrique e o Itamar acabaram com ela. Contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, entraram contra o PROER, que você já elogiou e o Presidente Lula agora elogiou. Em matéria de quanto pior melhor, o DEM é... o PT é imbatível, ganha de goleada de qualquer outro partido brasileiro.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: A senhora tem uma réplica de um minuto e meio.

[Dilma Rousseff Candidata PT]: A diferença é que nós reconhecemos que votamos errado. Nós, hoje, aprovamos a Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovamos perfeitamente o real, e mais do que isso, levamos à frente e utilizamos de forma adequada. O que eu vou repetir é uma questão séria, porque ainda está dentro do Supremo, não é algo que já foi aprovado e já passou, como é o caso da Lei de Responsabilidade Fiscal e também do Plano Real.

Eu estou falando que existe uma lei que quer transformar os 704 mil estudantes do PROUNI, dos quais 47% é afrodescendente, em pessoas sem oportunidade de continuar cursando seus cursos. Então, há uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Federal.
Isso me preocupa, porque é algo que está vigindo.

Quando, eu não toquei aqui na questão das escolas técnicas, que nós fomos proibidos por uma legislação de fazê las, na medida em que só se os Estados e Municípios entrassem com o custeio a gente podia construir escola técnica. Não é de estranhar, portanto, que as escolas técnicas hoje no Brasil tenham aumentado muito em relação ao passado. Nós criamos 140.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Candidato Serra, José Serra, o senhor tem um minuto e meio para a tréplica.

[José Serra Candidato PSDB]: Olha, vamos falar claro aqui. Nesse torneio do quanto pior melhor, o PT ganha disparado, inclusive, em matéria de ingratidão. Você mesmo, você tem fixação no passado, no Fernando Henrique. Muito ingrata com o Fernando Henrique, porque tudo isso que você disse você é ingrata com o Itamar e com o Fernando Henrique, porque eles fizeram o Plano Real.

Lei de Responsabilidade Fiscal, Fundef, dinheiro para educação no nordeste, Marina. isso o PT votou contra e foi na Justiça. E os hospitais. O PT, na concepção dele, viu, Marta? Na concepção, que não é a sua, não é a de vocês, dos dois ou três que estão aqui, mas o PT sindicalista, o PT na hora que vocês recorrem para fazer campanha para isso e para aquilo, quer fechar todas as OS, o Santa Marcelina do Itaim Paulista, todos os AMEs, laboratório médico de especialidade que você acabou de descobrir, tanto que pegou minha proposta para apresentar ao Brasil, tudo isso fechado.

Esse negócio do DEM aí parece brincadeira, você também não está preocupada. Aí algum assessor te deu isso e você vem aqui para criar alguma dificuldade. Por último, Marina, eu quero te dizer o seguinte: os indicadores de São Paulo, o Brasil todo tem problema de educação, o de São Paulo são os dos melhor do Brasil, embora tenhamos problemas também.

[Fernando Rodrigues - Folha de S.Paulo - UOL]: Agora o debate Online a candidatos da Presidência da República terá o seu primeiro intervalo. Durante o intervalo, entrevistas, informações exclusivas sobre o evento, até já.

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