10/08/2010 - 23h01

Na terra natal, Dilma diz que é consolo para coração apertado por Lula

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Enviado a Belo Horizonte

Durante comício na cidade onde nasceu, a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (10) que quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar o cargo no dia 1º de janeiro de 2011 todo o país ficará “com o coração apertado”. Mas se esforçou para mostrar que dará continuidade à gestão atual “ de forma diferente”.

Em uma praça do centro antigo de Belo Horizonte, a petista foi acompanhada por Lula, pelo candidato do PMDB ao governo mineiro, Hélio Costa, seu vice, Patrus Ananias (PT), coordenadores de campanha e ministros que foram seus colegas em Brasília. O ato, que começou com 2h 30 min de atraso, foi o ápice da passagem da candidata pela capital, depois de uma frustrada tentativa de caminhar na avenida Afonso Pena, também no centro, durante a tarde.

“Vi aqui na frente uma faixa dizer ‘Lula, já tô com saudades’. Todos nós vamos ter saudades do presidente Lula. E a hora em que ele estiver descendo aquela rampa, todos nós vamos estar com o coração apertado”, afirmou Dilma, depois de uma série de comentários carregados de otimismo. “Só uma coisa pode nos consolar: a que ele confiou a mim a missão de continuar esse projeto.”

“Vamos, sim, ter saudades do presidente Lula. Mas vamos honrar a memória deste governo. Que este governo que começa em 2011 seja uma continuidade”, disse a petista, que ouviu seu mentor rejeitar a ideia de que deixará saudades, apesar da alta popularidade. “A popularidade não é do Lula. É do governo”, afirmou mais tarde o presidente. Ouviu algumas entre as mil pessoas presentes, de acordo com a Polícia Militar, gritarem: “Luiz Inácio, muito obrigado”.

Apesar de ter feito carreira política no Rio Grande do Sul, Dilma voltou a reforçar os vínculos com Minas Gerais – onde parte do eleitorado se sentiu preterida por conta da indicação de um paulista, José Serra, para concorrer ao Palácio do Planalto no lugar de um político do Estado, Aécio Neves. “Quando eu chegar ao Palácio do Planalto, podem se orgulhar que mais um mineiro chegou lá”, afirmou a petista. “Não é um mineiro só: é uma mineira. A primeira mulher presidente.”

Pesquisas de intenção de voto a apontam como líder na disputa com Serra. O instituto Datafolha, que divulga sua sondagem nesta semana, apontava semanas atrás empate técnico entre ela e o tucano.
 

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