09/08/2010 - 17h21

Serra diz que PT abusa de "dossiês fajutos" contra ele

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República José Serra subiu o tom, nessa segunda-feira (9), contra o PT, partido de sua principal adversária nas eleições presidenciais, Dilma Rousseff. O tucano afirmou que a legenda usa recursos antiéticos para fazer campanha. “Foi mais uma baixaria como em 2002, como em 2006, como nesta campanha. O que não falta é dossiê fajuto”, disse Serra a jornalistas depois de falar a empresários em São Paulo.

No fim de semana, a revista Veja divulgou reportagem que aponta a Previ, fundo de funcionários do Banco do Brasil, como uma fábrica de dossiês contra adversários e até aliados do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A poucas semanas, foi descoberto um documento apócrifo sobre suspeitas relacionadas a negócios da filha do ministro da fazenda Guido Mantega, Marina Mantega. Nas últimas eleições, quando Serra venceu a disputa para o governo de São Paulo, foi descoberto pela Polícia Federal um dossiê com informações sobre ele e outros tucanos.

Durante seu discurso, Serra evitou críticas diretas a Lula, mas atacou o PT por “promover loteamento de cargos que exigirá uma reestatização, de trazer esses órgãos para o governo” e repeliu uma afirmação de Dilma sobre a carga tributária brasileira. Para a ex-ministra da Casa Civil, a carga brasileira é razoável se comparada a de países mais desenvolvidos. “Não concordo com a Dilma. A carga não é razoável, temos de reduzi-la e torna-la mais eficiente”, disse. “É importante segurar a carga tributária quando a economia está crescendo. No Brasil a gente fez o contrário”.

Assim como fez no debate da última quinta-feira, Serra atacou a estrutura aeroportuária do País para criticar uma das áreas pela qual Dilma foi responsável no governo. “Em cada lugar que eu vou o pessoal fala dos aeroportos, e esses problemas acontecem por causa da baixa taxa de investimento público que foi feito”.

Diante do público de empresários que o aplaudiu cinco vezes em seu discurso, Serra evitou se comprometer com a proposta feita por sindicatos de reduzir a jornada de trabalho. “Eu concordo com a redução para 40 horas quando os sindicatos convencerem os empresários”, afirmou o presidenciável, que lamentou a ausência de Dilma no evento organizado pela Associação Comercial de São Paulo. A entidade foi presidida até recentemente por Guilherme Afif Domingos (DEM), candidato a vice ao governo de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
 

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