Biografia publicada em órgão do governo chama Dilma de "tecnocrata experiente"

Órgão de notícias oficial do governo federal, a Agência Brasil publicou nesta segunda-feira (9) em seu site as biografias dos principais candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) ganharam textos em inglês contando sua trajetóra. O material é destinado a veículos do exterior que usam a página como fonte de informações.

Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão, Dilma foi qualificada pela agência como uma "experiente tecnocrata" que se "sente em casa com um laptop com Powerpoint".

Da ex-ministra da Casa Civil diz-se ainda que foi "torturada na prisão" e que tinha apenas 17 anos à época da "revolução" (aspas do texto original), em referência ao Golpe de Estado que instalou os militares no poder em 1964.

Na biografia de Serra, a agência destaca o candidato como alguém oriundo de uma "família de imigrantes italianos da classe trabalhadora" e cujo pai era o "proprietário semi-analfabeto" de uma barraca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo.

Afirma também que, ao integrar a Assembleia Constituinte de 1988, o ex-governador de São Paulo "teve um papel importante" redigindo artigos da Constituição sobre impostos, investimentos governamentais e sobre a LDO (Lei de Diretrizes OrçamentáriaS). "Serra é o presidenciável da mudança disputando contra a candidata da continuidade escolhida por Lula", conclui o perfil.

Já os leitores estrangeiros interessados na história de Marina terão conhecimento de uma infância "marcada pela pobreza", além de a acriana ter "rapidamente ter se tornado a principal voz em defesa da Amazônia", ao ser eleita para o Senado pela primeira vez, em 1994.

O texto descreve ainda "uma longa série de conflitos" entre a ex-ministra do Meio Ambiente "com o resto do governo", em uma "batalha entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental".

O candidato do PSOL, por sua vez, é descrito como alguém que "é o que tem sido por toda a sua vida: um socialista ligado de perto à Igreja Católica", que "trabalhou pelo fim da ditadura militar" no país e que foi um dos fundadores do PT, tendo "escrito muitos dos estatutos do partido".

A biografia se inicia dizendo que Plínio "recentemente completou 80 anos", e dá ênfase a sua atuação política durante a ditadura, dizendo que ele estava "no topo da lista" de cassações políticas do regime.

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