09/08/2010 - 17h15

Bancada do PT entra com ação no Ministério Público para investigar denúncia contra Roriz

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

Os deputados distritais da bancada petista Cabo Patrício, Chico Leite, Erika Kokay e Paulo Tadeu protocolaram na tarde desta segunda-feira (9) uma representação no MP-DFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) pedindo uma investigação sobre a denúncia contra o candidato ao governo do DF, Joaquim Roriz (PSC).

A ação pede uma análise minuciosa do órgão sobre reportagem da revista Veja desta semana, segundo a qual Roriz foi flagrado em vídeo entregando R$10 mil a André Alves Barbosa, suposto “laranja” dele em imóveis e operações bancárias.


Roriz não quis comentar o assunto mas, por meio de seu assessor de imprensa, Paulo Fona, afirmou que entrará até esta terça-feira (10) com uma ação contra André Alves Barbosa, a revista e o jornalista Diego Escosteguy, autor da reportagem.

Segundo Fona, Roriz foi vítima de extorsão por parte de André Barbosa que “cobrou” R$ 50 milhões pelo vídeo - que mostra o recebimento de maços de dinheiro das mãos de Roriz - para que as imagens não fossem divulgadas. O valor chegou a cair para R$ 30 milhões, mas ainda assim, o ex-governador do DF se recusou pagar e continuar o contato com o rapaz, neto de Geraldo Barbosa, amigo de Roriz há mais de 40 anos.

Roriz alega que teria dado o dinheiro para ajudar o avô do rapaz, que estaria doente e teria de pagar um advogado, justificou sua assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com a reportagem, o vídeo foi oferecido a outros adversários políticos de Roriz, mas não foi comprado até ter seu conteúdo divulgado na revista. A reportagem também cita o nome do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), candidato ao Senado. Fraga não quis se pronunciar sobre o assunto.

A candidatura de Roriz foi rejeitada pelo TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal), mas os advogados dele já entraram com recurso no próprio tribunal e ele continua em campanha na região.

Na semana passada, o tribunal decidiu, por 4 votos a 2, barrar o candidato da disputa eleitoral, dentro do que prevê a Lei do Ficha Limpa, por ter renunciado ao cargo de senador, em 2007, para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar. Além disso, o Ministério Público Eleitoral também apontou uma pendência dele com a Justiça Eleitoral, de R$ 5 mil por propaganda antecipada.
 

 

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