07/08/2010 - 16h04

Em Belo Horizonte, Serra critica relação dos governos brasileiro e iraniano

Da Agência Brasil
Em Brasília

O candidato à Presidência da República, José Serra, pela coligação O Brasil Pode Mais, formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B, condenou hoje (7) a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o do iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Durante encontro com mulheres dos partidos que o apoiam, em Belo Horizonte, Serra afirmou ser contraditório o fato de o Brasil manter uma relação com o Irã e o governo ter criado uma Secretaria Especial para as Mulheres.

A crítica de Serra se refere à condenação por apedrejamento da viúva iraniana Sakineh Mohammadi Ashtani, de 43 anos, e dois filhos. Ela foi condenada à morte sob acusação de adultério por ter supostamente mantido relações sexuais com dois homens, depois de perder o marido. Ashtani e a família negam as denúncias.

A condenação motivou uma série de campanhas em favor de Ashtani. Lula chegou a oferecer asilo político à viúva, mas o governo Ahmadinejad sinalizou que recusaria a oferta. A previsão é de que a pena de morte por apedrejamento seja cumprida na próxima semana, apesar dos apelos para revogar a punição.

Brasil e Irã mantêm relação política e econômica. Em maio, Lula esteve em Teerã para mediar o acordo de transferência de urânio levemente enriquecido do Irã para a Turquia. O objetivo era encerrar a polêmica envolvendo a comunidade internacional e as restrições ao programa nuclear iraniano. Mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos países.

Em junho, durante sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, apenas o Brasil e a Turquia votaram contra as sanções ao Irã. De 15 integrantes do órgão, 12 apoiaram as restrições. O Líbano foi o único a abster-se da votação. Atualmente, o Irã sofre medidas restritivas do conselho, da União Europeia, do Canadá e dos Estados Unidos.

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