06/08/2010 - 00h13

Dilma e Serra trocam farpas sobre privatizações em debate

Carlos Bencke e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

Os dois líderes nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), falaram sobre privatizações no quarto bloco do debate da TV Bandeirantes nesta quinta-feira (5). O tucano disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desvalorizou o patrimônio público. A petista criticou a gestão de Fernando Henrique Cardoso por não ter reduzido a dívida pública depois do processo dos anos 1990.

Ao falar sobre o assunto Serra, afirmou: “Vou valorizar o patrimônio público. Uma delas é utilizando [o patrimônio] bem. Não vou arrebentar empresas públicas importantes como aconteceu no caso dos Correios. No entanto a divisão política, o loteamento, gente que não entende nada de Correio, exceto ter mandado carta e um dia recebido carta”.

“Com relação ao governo Lula e ao governo FHC, se eles eram tão contra, é um mistério. Porque nada foi reestatizado. A Dilma até elogiou”, disse o tucano.

A petista disse que o governo Lula não reestatizou empresas porque não revê contratos. “A gente respeita contrato”, disse ela, que mais tarde chamou de “magia financeira” a “venda do patrimônio público”.

Durante o quarto bloco, os candidatos responderam perguntas feitas por jornalistas da emissora. A primeira pergunta, sobre impostos, juros da produção e do cartão de crédito, foi para Dilma. A petista defendeu que nos próximos anos haverá uma redução dos juros no Brasil.

“Nós teremos agora um processo de redução do endividamento publico [...] e isso permite que a gente reduza bastante o juro”, disse. Para em seguida bater na tecla da reforma tributária: “Defendo uma reforma tributária que desonere os investimentos.”

Escolhido para comentar a resposta da adversária, Serra afirmou que “o Brasil continua tendo a maior taxa de juro real do mundo”. E lembrou o programa Nota Fiscal Paulista criado durante a sua gestão no governo de São Paulo, no qual o consumidor que pede nota fiscal pode reaver parte do imposto embutido nos produtos comprados. “Vou criar a nota fiscal brasileira”, disse.

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