21/07/2010 - 13h48

PV entra na briga pela paternidade dos genéricos

Do UOL Eleições
Em São Paulo

O PV e a candidata do partido à Presidência, Marina Silva, entraram na briga pela paternidade dos genéricos. De acordo com o blog da senadora, o autor da lei é Eduardo Jorge, atual secretário do Verde e do Meio Ambiente do município de São Paulo e colaborador do programa de governo da verde. A disputa pela autoria vem gerando polêmica entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

Nesta semana, o site do PSDB publicou um texto sustentando que o candidato “apresentou a Lei dos Genéricos”, e destacou a promessa dele de “turbinar” esse tipo de medicamento.

“Vamos turbinar de novo os genéricos, eles são um produto barato e de boa qualidade. Teremos uma cesta de remédios gratuitos com cerca de 80 medicamentos para serem distribuídos por meio dos municípios”, disse o tucano. De acordo com o texto, intitulado "Medicamento genérico, uma vitória do Brasil", Serra “apresentou a Lei dos Genéricos”.

Ao receber o plano de governo do PSB, na última segunda-feira (19), a petista aproveitou para dizer que Jamil Haddad seria o autor dos medicamentos genéricos, desmentindo o tucano.

"Um homem do porte de Jamil Haddad, responsável pela criação do SUS e dos medicamentos genéricos ... É importante atribuir a autoria a quem de direito", disse.

Durante entrevista coletiva, realizada na sede da Federação das Indústrias de Goiás, nesta terça-feira (20), Serra evitou polemizar sobre as declarações da adversária. “Todo mundo no Brasil sabe do meu papel a respeito dos genéricos, não vou perder tempo respondendo isso. É só ela se informar mais”, disse o tucano.

O texto publicado pela equipe de campanha de Marina sustenta que a discussão dos genéricos começou em 1991, quando Eduardo Jorge, então deputado federal, propôs um projeto de lei sobre o assunto, que devido à oposição não foi votado.

Ainda de acordo com o blog, em 1993, o então ministro da Saúde Jamil Haddad baixou um decreto que abriria caminho para a criação dos genéricos, mas a iniciativa, pela segunda vez, não teve sucesso. Em 1999, quando Serra era ministro da Saúde, Jorge teria tentando novamente passar o projeto, dessa vez com sucesso, com a aprovação da Lei 9787/99. “Assim muitos ajudaram, porém o autor da lei sou eu mesmo”, diz Jorge.
 

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