21/07/2010 - 15h59

Coordenação de campanha vai usar programa no rádio e na TV para divulgar Casa de Marina

Marcos Chaga
Da Agência Brasil
Em Brasília

A coordenação da campanha da candidata à Presidência pelo Partido Verde (PV), Marina Silva, intensificará, no programa eleitoral gratuito de rádio e televisão, a divulgação da chamada Casa de Marina, uma iniciativa voluntária de simpatizantes de Marina Silva que transformam suas residências em comitês para debater as propostas da candidata do PV. Pelo menos 204 casas estão espalhadas pelo país e mobilizam 31.236 pessoas que funcionam como cabos eleitorais voluntários.

Os números estão no site do Movimento Marina Silva, idealizador deste instrumento mobilização social em torno da candidata e que não está vinculado ao comitê de campanha. “Nós vamos, no programa eleitoral, mostrar as Casas de Marina e vamos estimular as pessoas que tenham interesse que façam isso e promovam essa conversa”, disse à Agência Brasil, o coordenador da campanha da candidata do PV, João Paulo Capobianco.

Hoje (21), ela inaugura a primeira Casa de Marina no exterior. Em viagem a Nova York, a candidata do PV estará às 15h30 (17h30 em Brasília), na residência do produtor cinematográfico Ivy Goulart, no bairro do Brooklyn, para a abertura da Casa de Marina. Nova York tem 21.076 brasileiros aptos a votar o que faz da cidade norte-americana o maior colégio eleitoral fora do país.

A mobilização pela chamada propaganda boca a boca, seja em redes sociais da internet ou pelos debates promovidos nas casas de Marina, é uma das principais estratégia de campanha, disse Capobianco. “Esse é o nosso desafio: poder apresentar as propostas, poder apresentar a nossa candidata. Temos convicção que na medida que a nossa candidata é apresentada isso gera muito apoio”.

O coordenador ressaltou que, neste sentido, as Casas de Marina dão visibilidade para o que chamou de “núcleos vivos da sociedade”, ou seja, o debate das propostas e ideias realizadas diretamente pelo cidadão. Capobianco lembrou que o PV não fez alianças partidárias pragmáticas e, com isso, procura alianças programáticas direto com a sociedade.

Para o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Caldas, essa foi uma “iniciativa interessante” para divulgar as propostas da candidata. Caldas destacou que sem recursos e num partido – PV – sem muitos cabos eleitorais, as Casas de Marina podem vir a ocupar este espaço a um custo baixo.

“As casas [de Marina] trazem um comprometimento maior uma vez que são criadas espontaneamente. Ninguém abre sua casa para isso se não estiver identificado com as propostas de um candidato”, afirmou o cientista político.

O produtor Ivy Goulart, que há quatro anos reside em Nova York, é uma confirmação da análise Ricardo Caldas. Em conversa com a Agência Brasil, ele disse que decidiu apoiar a candidata pela sua preocupação com o crescimento sustentável e com questões básicas como investimento em educação, por exemplo.

Goulart considera que a criação de uma Casa de Marina no exterior tem caráter “simbólico”, uma vez que as discussões entre os brasileiros residentes fora do país se dá mais em cafés e encontros sociais. Agora, ressaltou, existirá um lugar fixo, no bairro do Brooklyn, onde se poderá debater as propostas da candidata e divulgar o material de campanha da candidata do PV.

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