15/07/2010 - 21h33

Yeda e Tarso trocam farpas em evento de prefeitos no RS

Clarissa Barreto
Especial para o UOL Eleições
Em Porto Alegre

Pela primeira vez os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto ao governo gaúcho participaram do mesmo evento. José Fogaça (PMDB), Tarso Genro (PT) e Yeda Crusius (PSDB) participaram nesta quinta-feira (15) à noite de um evento da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre).

Primeiros a chegar, Genro e Crusius trocaram farpas em seus discursos. Fogaça falou por último, quando já não havia nenhum dos outros candidatos no local.

Genro foi o primeiro a discursar para a plateia de dezenas de prefeitos e servidores. Primeiro, fez uma crítica velada ao candidato do PMDB - exaltando que ele e Crusius apoiam candidatos à Presidência (respectivamente Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB).

Durante os 20 minutos de exposição, Genro ainda criticou o governo tucano no Rio Grande do Sul, dizendo que “o Estado não pode ficar de costas para o país”. “O Rio Grande do Sul precisa de uma agenda própria, não pode ficar de costas para o Brasil, ao largo das decisões do país. Atualmente, as intervenções que temos no Estado são intervenções que vêm do governo federal, importantíssimas. Mas é necessário que se tenha o movimento inverso, que o Rio Grande apresente sua agenda para o governo federal”, disse.

A governadora candidata à reeleição assistiu à exposição de Genro e fez anotações, mas quando chegou sua vez de falar, o candidato do PT já havia se retirado, alegando compromissos. José Fogaça, por sua vez, ainda não havia chegado ao evento.

Em seu discurso, Crusius citou parcerias com o governo federal, afirmando que o Estado foi o primeiro a assinar o contrato do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). “Contra fatos não há argumentos”, disse diversas vezes. Na saída, perguntada se este seria um recado para o candidato do PT, Crusius disse que não, já que ele “não estava presente”. A governadora também se retirou após a fala.

Fogaça chegou atrasado e justificou a ausência com outra agenda de campanha. O peemedebista fez um discurso sem citar o governo estadual, nem o federal. Ao final do evento, questionado se a campanha não estaria polarizada entre PT e PSDB, Fogaça disse que não mudaria sua forma de atuar. “Nem sabia disso, ninguém me informou (sobre a troca de farpas entre Genro e Crusius). Mas tenho uma linha de apresentar propostas e não mudo por isso ou aquilo”, afirmou.

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