13/07/2010 - 20h08

"Enquanto alguns estão otimistas, prefiro continuar treinando para fazer bonito", diz Marina Silva

André Naddeo
Do UOL Eleições
No Rio de Janeiro

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, comentou nesta terça-feira (13) as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reveladas em Brasília pelo presidente do Senado, José Sarney, de que espera, otimista, uma vitória da candidata do PT Dilma Rousseff ainda no primeiro turno das eleições presidenciais.

“Eu prefiro falar do meu esforço. Enquanto alguns já estão otimistas antes de começar a partida, eu prefiro continuar treinando para fazer bonito nessas olimpíadas democráticas de 2010”, afirmou a senadora, após participar de um evento na sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no qual recebeu explicações sobre o planejamento da entidade para os Jogos Olímpicos de 2016 na capital fluminense.

Ao ser questionada se a candidata petista veste um “salto alto” nesta campanha, Marina usou de ironia. “Para essa caminhada aqui eu prefiro um saltinho mais baixo, não sei que tipo de salto ela está usando”, afirmou.

Durante a apresentação do COB, dirigida pelo presidente da entidade Carlos Arthur Nuzman, Marina assistiu ao vídeo da campanha Rio 2016, que contou com discursos de seus rivais políticos nesta campanha eleitoral, como o próprio presidente Lula e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Mas para esta pergunta, a senadora não quis saber de polêmica. “Era um momento de festa , eles estavam ali, apareceram porque estavam cumprindo um papel. Até me emocionei com o choro do presidente Lula”, disse.

“Olimpíadas da sustentabilidade”

Uma de suas principais bandeiras de campanha, a candidata do PV não dispensou o tema da sustentabilidade no discurso aos membros do comitê e aos jornalistas presentes.

“Que a gente vá adquirindo essa cultura de sustentabilidade, temos que nos orgulhas de ter água em abundancia, florestas etc. Como professora eu fico muito feliz de saber que nós teremos um olhar para incentivar as crianças e os jovens. Que eles possam achar no esporte um lugar para a sua ausência de sonhos. Quando você entra em contato com isso, você cria forças para vencer as maiores barreiras. Digo isso porque fui analfabeta até os 16 anos”, declarou.

“Um evento como esse abrirá no coração dos nossos jovens uma janela para o futuro, que possa ser socialmente justa. Estou aqui para assumir compromissos e me colocar como senadora como co-autora desse processo, principalmente no que diz respeito aos aspectos de sustentabilidade”, frisou.

A senadora comentou ainda a necessidade de ser ter transparência com os gastos públicos num evento como os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Segundo o COB, entre os orçamentos do comitê organizador e os custos assumidos pelas três esferas de governo envolvidas (municipal, estadual e federal), serão gastos R$ 28,8 bilhões.

“Temos que ter um esforço cada vez maior para que a transparência possa contribuir para que não se tenha excesso em qualquer evento, ainda mais num dessa magnitude. Nós temos sérios problemas de mobilidade no Rio de Janeiro e um evento como esse pode ajudar a dar um ganho de vida as pessoas. É isso que nós esperamos”, opinou.
 

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