03/07/2010 - 07h00

TRE de Alagoas montará tenda para eleitores votarem em áreas atingidas por enchentes

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições
Em Maceió

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas pretende montar tendas para substituir, durante as eleições de outubro, os locais de votação destruídos com as enchentes que atingiram o Estado. Segundo o presidente do TRE, Estácio Gama, cerca de 120 mil eleitores votam nas localidades que registraram prejuízos.

Dois municípios perderam todos os seus locais de votação e não terão sequer como improvisar novos locais. Em Branquinha, todos os prédios públicos foram destruídos, enquanto em Santana do Mundaú o único dos quatro locais de votação que ficou de pé está lotado de pessoas que perderam suas casas. Em União dos Palmares, que contabiliza mais de 10.000 desabrigados e desalojados, os nove locais de votação estão ocupados.

Diante da situação, o TRE solicitou um levantamento aos juízes eleitorais sobre o que foi destruído com a tragédia que deixou 39 mortos em Alagoas. Seis cartórios já informaram que tiveram prejuízos materiais: Rio Largo, Murici, São José da Laje, União dos Palmares, Santana do Mundaú e Quebrangulo.

Essas cidades sediam zonas eleitorais que ainda incluem outros três municípios: Branquinha, Messias e Ibateguara. “Nós vamos levar tendas para garantir essa votação. Vamos pedir, inclusive, apoio da Força Nacional de Segurança nesses locais. O que não pode é a votação ser prejudicada”, explicou Gama.

Segundo o presidente do TRE, um relatório da situação alagoana será entregue ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, que visitará Alagoas e Pernambuco no próximo dia oito. “Ele vem conferir a situação dos dois estados, que tiveram problemas sérios do ponto de vista eleitoral. Deveremos discutir algumas soluções", disse.

Outra preocupação é o que será feito para garantir o voto dos eleitores que perderam os documentos durante as enchentes. “Se eu pudesse, anistiaria todos de votar, que seria a coisa mais lógica. Mas estamos diante de um código eleitoral que não permite isso, nem permite que nós emitamos mais títulos. Mesmo que pudéssemos emitir novos documentos, não teríamos essa estrutura diante do prazo e demanda de serviços”, contou Estácio Gama.

A boa notícia é que pelo menos três cidades não terão o problema de identificação, já que passaram pelo recadastramento biométrico: Branquinha, Rio Largo e Quebrangulo. “Nessas cidades, todos os dados estão registrados pela digital do eleitor, e bastará apenas ele se apresentar no dia da votação”, explicou.

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