03/07/2010 - 21h14

Em AL, Serra diz que disputa será acirrada e nega pressão do DEM para escolher vice

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió

O candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, não comentou neste sábado (3) à noite, durante visita às cidades atingidas pelas enchentes em Alagoas, a nova pesquisa Ibope que mostra empate entre ele e a petista Dilma Rousseff.

"Será uma disputa acirrada até o fim. No geral, não comento pesquisa, porque ela varia. Até há pouco a Dilma tinha explodido. Agora veio o Datafolha e o Ibope que dão empate", disse a jornalistas.

Em pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, Serra e Dilma aparecem com 39% das intenções de voto; ontem, o Datafolha mostrou o tucano com 39% e Dilma com 38%.

Serra disse que começa oficialmente sua campanha, na próxima terça-feira (6), sem definição de foco. "Há um mito de que campanha se planeja, mas em grande parte o caminhante não tem caminho. A gente quase nunca não sabe para onde vai”, afirmou.

O presidenciável disse ainda que gostaria de começar a campanha apenas após a Copa do Mundo, mas disse que a eliminação da seleção brasileira mudou seus planos.

“Lamentavelmente a campanha vai começar antes do que eu previa, pois ninguém esperava que fôssemos eliminados. Mas acho também que essa campanha poderia estar mais acelerada, caso houvesse maior participação dos debates dos candidatos. Eu irei a todos os debates, como sempre fiz, independente de resultados de pesquisas”, afirmou, alfinetando sua rival Dilma Rousseff.

Escolha do vice
Serra negou que tenha sofrido qualquer pressão por parte do DEM para a escolha do vice de sua chapa, o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), definida na última quarta-feira. A escolha do parlamentar aconteceu após a crise aberta entre tucanos e democratas por conta da primeira escolha do senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

Segundo Serra, a definição do nome de Indio não aconteceu por motivos partidários. “Poderia ter escolhido do PSDB ou do DEM, mas surgiu essa oportunidade de uma composição. Não houve pressão alguma, a escolha dele foi minha. Eu sabia que tinha um rapaz que eu gostava, que acompanhei o trabalho dele na votação do 'Ficha Limpa', vi das entrevistas na TV, que era um dos dez parlamentares mais atuantes, de um Estado extremamente importante, que é o Rio de Janeiro, daí veio a escolha”, explicou.

O tucano afirmou que não participou de forma direta da composição de sua chapa e explicou que o nome de Alvaro Dias deixou de fazer parte dos planos por conta de uma mudança em decisão anterior. “Eu participei [dessa discussão com o DEM] muito menos do que se imagina. Havia aparecido uma composição de acrescentar votos liquidamente no Paraná. E não foi adiante porque uma das pessoas que tinha se comprometido com isso desistiu. Eu não mudei nada”, finalizou.

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