01/07/2010 - 14h38

Serra critica destaque dado pela mídia ao passado do vice Indio da Costa

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
  • José Serra participa de encontro com agricultores e pecuaristas na CNA, em Brasília

    José Serra participa de encontro com agricultores e pecuaristas na CNA, em Brasília

José Serra criticou o destaque dado pela imprensa ao fato de o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), escolhido nesta quarta-feira (3) para ser seu vice, ter sido namorado da filha do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso por crimes de peculato e gestão fraudulenta, e afirmou que Costa é "preparado e experiente" para o cargo.

Durante o encontro promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, o candidato tucano à Presidência definiu seu estilo de campanha e governo como “coerente” e quer fazer disso um diferencial entre seus adversários na disputa eleitoral, para mostrar que não faz discurso conforme o público. "Referente à conduta político-partidária e de quem comanda um governo, é muito importante que o governo tenha uma taxa de sinceridade e coerência acima da média do próprio país", disse.

O tucano defendeu também o que chamou de "estatização do Estado", colocando no Estado e nas agências reguladoras pessoas interessadas em trabalhar em prol do interesse coletivo e não para partidos e sindicatos . Ela ainda criticou o funcionamento de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e os Correios, alegando que todos necessitam de mudança em sua estrutura.

Propostas para o agronegócio

No debate com agricultores e pecuaristas, Serra apresentou algumas de suas propostas para o setor. Ele propôs uma “israelização” do Nordeste, em referência a um sistema usado em Israel pelo qual a população pode utilizar as águas do mar por meio de um sistema especial de irrigação da terra e, assim, desenvolver a agricultura e indústria na região.

Serra também defendeu a implantação dos “defensivos agrícolas genéricos no país” e também a produção de transgênico no País. "Podemos ter o transgênico verde e amarelo. Devemos produzir o nosso transgênico para não depender de propriedade intelectual de fora", afirmou.  Ainda sobre o tema, disse que o governo Lula se diz nacionalista e de esquerda, mas “não é nada disso”.

"[O governo] Fica assistindo contemplativamente [às técnicas do exterior]. No fundo, você tem uma tutela crescente de multinacionais e de fundos internacionais na agricultura brasileira, forçando uma maior concentração", disse.

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