30/06/2010 - 13h52

Guerra mantém suspense sobre vice de Serra e faz autocrítica sobre polêmica com DEM

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

Presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha do presidenciável José Serra, o senador Sérgio Guerra (PE) manteve, no início da tarde desta quarta-feira (30), o suspense sobre a definição sobre quem ocupará o posto de vice na chapa tucana, mas ressaltou que houve um erro tático do partido em não negociar com o DEM a indicação de Alvaro Dias, antes que a informação vazasse na internet por meio do Twitter do presidente do PTB, Roberto Jefferson.

“O governador Serra me disse, por volta das 2h00, que iria sustentar a defesa do nome do senador Alvaro Dias, mas que iria ouvir as ponderações dos aliados (...) Decidimos manter a coligação em qualquer situação. A relação com o DEM não deveria estar submetida a esse traumatismo. Efetivamente houve um erro de encaminhamento dessa história”, explicou o senador na saída de sua casa, antes de partir para seu Estado de origem, onde participará da convenção local do PSDB.

Interlocutores tucanos disseram que a lista com os três nomes sugeridos pelo DEM para ocupar a vaga de vice teria sido rejeitada pela cúpula tucana. A lista é formada pelos deputados federal José Carlos Alelulia (BA) e Carlos Melles (DEM-MG); e o ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga.

“O senador Alvaro Dias era o melhor candidato que nós tínhamos. Se for candidato, é o melhor candidato que nós temos. Não tenho a menor dúvida”, completou Guerra.

A convenção do DEM, prevista para a manhã desta quinta-feira, foi suspensa até o início da tarde na expectativa da chegada do presidente nacional da legenda, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), e do presidente do Conselho Político do DEM, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que eram os intermediários democratas nas conversas com Serra. Eles têm de oficializar o apoio na convenção até o fim do dia, bem como nome do vice, segundo as regras do Tribunal Superior Eleitoral.

Apesar do clima tenso que o “anúncio descoordenado” do vice provocou, o deputado ACM Neto (DEM-BA) e o senador Agripino Maia (DEM-RN) garantiram que a aliança com Serra não será desfeita por conta deste episódio. “Estamos com Serra por um projeto de governo conjunto que supere o atual. Quanto a isso, não há dúvida”, reforçou o deputado baiano.

 

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