DEM quer reunião com PSDB para tratar de vice e Estados

O Democratas conta com um encontro ainda nesta segunda-feira com o comando do PSDB, incluindo o candidato à Presidência da República, José Serra, para tentar debelar a crise que se abateu na aliança entre as duas legendas a partir da escolha do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para a vice do tucano.

Além de reivindicar o posto, a direção do Democratas quer também solucionar impasses nos Estados, antes da convenção marcada para esta quarta-feira em Brasília.

A rebelião do DEM se deveu ao partido não ter sido consultado sobre a indicação do vice, o que foi feito junto a outras legendas coligadas. No domingo, o partido fez encontro de emergência no Rio de Janeiro para discutir o assunto, quando reduziu a ansiedade e procurou acertar o encontro desta segunda.

A conversa deve incluir o senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, que já está em São Paulo; o presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), e o próprio Serra, que está em Santos, no litoral paulista, onde faz caminhada e assiste ao jogo entre Brasil e Chile pela Copa. Depois, retorna à capital.

O encontro deve contar ainda com o presidente do Conselho Político do DEM e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o ex-presidente da legenda, Jorge Bornhausen. "Não há ultimato. Haverá um diálogo entre aliados", disse Maia no microblog Twitter.

Fonte do Democratas comentou que o partido pode até recuar da intenção de exigir a vaga de vice de Serra. No entanto, "venderia caro" a decisão ao PSDB, cobrando apoio em Estados onde há dificuldades nas negociações entre os dois partidos, como Sergipe e Pará.

Se isso não ocorrer a mensagem que pode ser dada aos tucanos é de que o DEM não retirará o apoio formal a Serra para não diminuir o tempo de propaganda na TV da principal candidatura da oposição, mas deixaria de cobrar empenho de seus integrantes nos Estados durante a campanha.

Na semana passada, a candidata do PT, Dilma Rousseff, ultrapassou Serra na pesquisa CNI/Ibope, aumentando ainda mais a pressão sobre a candidatura oposicionista.

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