24/06/2010 - 17h24

Presidente do TSE contesta projeto que altera ordem de votação para as eleições de outubro

Do UOL Eleições
Em São Paulo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Ricardo Lewandowski, enviou um ofício ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e aos líderes dos partidos na Casa, pedindo que eles não aprovem o projeto de lei que altera a ordem de exibição dos candidatos na urna eletrônica para as eleições deste ano. Em votação simbólica, nesta quarta-feira (23), o projeto de autoria do deputado Milton Monti (PR-SP) foi aprovado na Câmara dos Deputados.

A mudança altera a ordem estabelecida pelo TSE em 2008, pela qual o eleitor deverá votar primeiro no candidato a deputado estadual ou distrital e, em segundo lugar, no candidato a deputado federal. Fora isso, a ordem permanece a mesma para os cargos de senador, governador e presidente, os três últimos a serem votados.

Entre os argumentos para manter a atual ordem de votação, Lewandowski cita a lógica usada pelo TSE de que o eleitor vota do menor para o maior cargo, digitando uma quantidade decrescente de dígitos que correspondem ao número de identificação de cada candidato, e o prejuízo que a mudança traria. Segundo o TSE, a Justiça Eleitoral já teria gasto cerca de R$ 500 mil com a impressão de 1 milhão de cartazes explicativos e 54,2 milhões de folhetos para informar a ordem de votação ao eleitor.

Ainda segundo o ministro, com a alteração da ordem, seria necessário modificar três softwares da Justiça Eleitoral o que controla a votação, o que totaliza os votos e o que divulga o resultado.

“Implicaria a renovação de todas as fases de testes e simulados indispensáveis à segurança do sistema eletrônico de votação, o que causaria impacto e atrasos significativos no cronograma de programação das 400 mil urnas”, argumentou Lewandowski.

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