21/06/2010 - 13h47

Serra se diz contra liberar drogas e aborto e rejeita ensino religioso em escola pública

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Candidato à Presidência da República, o tucano José Serra afirmou nesta segunda-feira (21) ser contrário à liberalização “de qualquer droga”, a descriminalizar a prática do aborto e a incentivar ensino religioso na rede pública brasileira. As declarações foram dadas durante sabatina promovida por Folha de S.Paulo e UOL.



Sobre as drogas, o ex-governador paulista foi sintético: “Não sou a favor. Não para nenhuma delas”. A respeito do aborto, disse que “não mexeria na atual legislação”, que permite a iniciativa para casos de estupro e de perigo de vida da mãe. “Mudar isso dificultaria o trabalho de prevenção”, afirmou.

Católico praticante, Serra se estendeu mais ao falar sobre a questão do ensino religioso. “O Brasil é um Estado laico. A escola publica poderia ter, sim, um curso sobre história das religiões”, afirmou. “Se é um colégio católico, judaico, ninguém é obrigado a se matricular, eles podem dar [ensino religioso]. Escola pública poderia ensinar história das religiões", disse.

Serra se manifestou ainda contra a pena de morte, contra a autonomia do Banco Central e contra a extensão da progressão continuada para escolas de todo o país – sistema chamado por professores paulistas de "aprovação automática". O presidenciável se disse também contrário à exclusão do Morumbi da Copa do Mundo de 2014.

“Por mim teria feito no Morumbi. As obras que cabiam ao governo do Estado nós nos encarregamos. Aquilo que precisava de governo nós garantimos tudo”, disse. “Acho que há muita exigência. Olhando o que está acontecendo na Copa agora”, completou, referindo-se a problemas de estrutura na África do Sul, tanto dentro dos estádios quanto fora deles.

Questionado sobre a possível presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em sua campanha, Serra mais uma vez afirmou que a decisão cabe apenas ao colega de partido. “Na minha vida, sim [estará presente]. Na minha campanha, depende dele”, disse. Tucanos ligados a Serra acreditam que a impopularidade de FHC no fim de seu mandato poderia prejudicar a candidatura tucana à Presidência.

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