21/06/2010 - 13h37

Fazer acordo com Ahmadinejad é como confiar em Hitler, diz Serra

Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta segunda-feira (21) o acordo entre Brasil e Irã, dizendo que nunca confiaria em um ditador. As declarações foram dadas durante sabatina promovida por Folha de S.Paulo e UOL.



“O Brasil se meteu em um caminho que não teve volta [referindo-se ao voto contrário às sanções impostas pela ONU ao Irã]. Para marcar posição, votaram contra. Eu não teria feito essa negociação por não confiar num ditador”, disse o tucano sobre o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. "Não é alguém confiável. Guardando as proporções, é como o pessoal que confiou em Hitler", disse.

Com relação a países que violam os direitos humanos, Serra se disse a favor do fim do bloqueio comercial a Cuba. "“Sou sobrevivente de um exílio graças aos direitos humanos. (...) Relação de amizade com Cuba é perfeito. Há muito tempo eu defendo o fim do bloqueio norte-americano, que é uma coisa odiosa. Mas, se o Brasil tiver que votar para censurar a falta de direitos humanos em Cuba, vai votar”, afirmou o tucano, que chamou a política de comércio exterior do governo Lula de "muito frágil".


Sustentabilidade

O tucano se disse favorável ao debate sobre sustentabilidade e economia. Na opinião dele, não há incompatibilidade entre os temas. "Não acho que á incompatibilidade entre desmatamento zero e algo que sirva para a economia. Agora é um assunto que temos que mergulhar no próximo governo e com rapidez”, disse.

Sobre a alteração no Código Florestal Brasileiro, proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Serra declarou que tal discussão não cabe em ano eleitoral. "Essa mudança tem que ser tratada no próximo governo. Não pode ser tratada no atropelo da eleição", afirmou.

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