21/06/2010 - 12h38

Serra não vê espaço para privatizações, mas diz que ideia não está fechada

Do UOL Eleições
Em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira (21), em sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S.Paulo, que não vê espaço para mais privatizações no país, mas que essa ideia não está fechada, e aproveitou para esclarecer afirmações que classifica como mentirosas, como que iria privatizar o Banco do Brasil, entre outros. Segundo ele, isto seria "puro terrorismo eleitoral”.



Serra voltou a afirmar que é contra a reeleição e a favor do mandato de 5 anos, mas que não vai transformar essa ideia em programa de governo. Segundo ele, o presidente não pode “trabalhar pensando em reeleição, dizendo que não vai dar tempo”. 



Sobre alianças, o candidato se mostrou confiante quanto ao apoio do PP e usou uma metáfora futebolística para falar da relação entre os dois partidos. “Não sei qual é a chance, mas, se soubesse, não diria. Se numa partida de futebol, o técnico diz: 'acho que a chance do Kaká entrar pela esquerda e cruzar para o Elano é de 80%', isso não ocorre. Porque vão marcar o Kaká e o Elano", diz.

O tucano ainda criticou a atual Lei Eleitoral, pela qual os candidatos têm que deixar os cargos executivos no início do ano para começar campanha apenas em julho, e outros pontos como o aumento da rigidez com relação ao uso da máquina para se fazer campanha e as formas de financiamento.

Serra declarou que a "a Justiça vai julgar" sobre possível propaganda eleitoral antecipada feita por seu partido na TV. "Uma coisa é você pegar alguém que vai ser candidato e levar ao programa partidário, outra coisa e você usar a máquina do governo para fazer campanha”, disse ele.

Retorno da CPMF

A possível volta da CPMF foi tema de uma pergunta enviada por um internauta ao candidato. "Essa história de que prejudicou a saúde é conversa. O dinheiro da saúde já vinha escasseando, porque o governo deixou de mandar", disse. Serra disse que aprovar ou criar um novo imposto para a saúde precisar ser discutido no âmbito de uma reforma. “Não dá para responder fora desse contexto”, afirmou.

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