Na TV, PSDB valoriza votos e experiência de Serra e diz que ele é "mais seguro"

A experiência política e administrativa do presidenciável tucano José Serra foi colocada em primeiro plano durante a propaganda eleitoral obrigatória do PSDB, veiculada na noite desta quinta-feira (17) em cadeia nacional de rádio e TV. Logo no início da peça, o ex-governador de São Paulo disse que é preciso "ampliar o Bolsa Família", principal programa social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao longo do programa, o ex-governador de São Paulo foi mostrado como alguém "mais seguro", segundo o locutor da peça, que sua concorrente na disputa pelo Palácio do Planalto, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) - que não foi citada. Os marqueteiros tucanos deram ao programa um ar emotivo, corroborado pela exibição de cidadãos que foram beneficiados por algumas das ações implementadas por Serra ao longo de sua carreira política.

"Aos 21, um líder"

O tucano  foi caracterizado como alguém vindo de "família pobre, humilde". "Filho de dona de casa e vendedor de frutas. Aos 21 anos já era um líder (...) e foi para a rua enfrentar a ditadura militar", afirmou a narração, em referência à idade em que Serra assumiu a presidência da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Além de vincular a imagem do candidato às classes mais pobres, cuja intenção de voto é mais direcionada à candidata do PT, a propaganda enfatizou os feitos legislativos do tucano e buscou associá-lo aos trabalhadores, sempre se apoiando nos feitos do tucano à frente do Ministério da Saúde na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Serra criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)", disse o locutor, antes de listar os benefícios que utilizam recursos oriundos do fundo, como o Seguro-Desemprego. "Quando precisou peitar os laboratórios para fazer os genéricos, Serra foi lá e fez. Tem gente que gosta de falar; o Serra gosta de fazer".

A propaganda lembrou que Serra, "como ministro do Planejamento, ajudou a implementar o Plano Real". Ele próprio criticou a alta carga tributária. "Os brasileiros nunca pagaram tanto imposto. Já passou da hora de diminuir os impostos", disse. O ex-governador de São Paulo ainda retomou sua fala sobre drogas e violência, "dois grandes problemas do Brasil de hoje". "O governo federal não pode se omitir. Tem que fazer pressão contra quem produz e dar clínicas públicas de graça para quem precisa se recuperar [da dependência química]", defendeu.

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