16/06/2010 - 17h04

Apesar de base dividida, Lula sinaliza apoio a ex-ministro em eleição no Amazonas

Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo

No Estado onde venceu com 86% dos votos em 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta quarta-feira (16) apoio ao ex-ministro Alfredo Nascimento (PR) na disputa pelo governo do Amazonas, da qual participará mais um político que indicou preferência pela presidenciável governista Dilma Rousseff (PT).

Deve disputar a sucessão do ex-governador Eduardo Braga (PMDB), agora candidato ao Senado, o vice dele, Omar Aziz (PMN). O ex-prefeito Serafim Correa (PSB) atendeu o pedido de Lula por um palanque único e retirou sua candidatura para ser vice de Nascimento, ex-ministro dos Transportes.

Omar  é dissidente em seu partido. Serafim é de uma sigla que dá apoio oficialmente ao governo Lula e ao projeto de Dilma. A declaração do presidente indica que a presidenciável petista não ficará neutra na disputa estadual e subirá no palanque escolhido.

“Todo mundo sabe os compromissos que tenho com o Alfredo. Omar não era nem candidato três meses atrás”, disse Lula durante entrevista em Manaus, concedida ao lado do presidente peruano, Alan García. “Na hora certa, aqui ou em Brasília, vou indicar meu candidato aqui. Mas não haverá guerra, não. Será tudo na santa paz.”

O presidente repetiu que seu objetivo eleitoral no Amazonas nestas eleições é fazer o governador e preencher as duas vagas em disputa no Senado. Assim ele afastaria do Congresso um de seus principais adversários, o senador Arthur Virgilio (PSDB), e garantiria a eleição de Braga, um de seus principais aliados no PMDB.

Lula contestou a avaliação de que já esteja pessoalmente envolvido no debate eleitoral e que decidiu a favor de um reajuste de 7,72% para os aposentados com o objetivo de ajudar a candidatura de Dilma, que está empatada nas pesquisas de intenção de voto com o oposicionista José Serra (PSDB).

“Não sei por que isso ajudaria Dilma. Isso pode ajudar o Serra e a Marina [Silva, presidenciável do PV]”, afirmou. “O consumo que essa gente vai ter vai recuperar essa perda [nas receitas] por meio dos impostos, ajudando o governo a arrecadar. Só tomamos a decisão de aceitar o reajuste porque a equipe econômica garantiu que é possível, fazendo um corte no orçamento e nas emendas”, repetiu.

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