Sem vice, José Serra oficializa hoje sua candidatura à Presidência

O PSDB escolheu Salvador, o maior colégio eleitoral do Nordeste, para ser sede da convenção nacional do partido que irá oficializar a candidatura de José Serra à Presidência da República, neste sábado (12).

Foi lá que, em abril deste ano, o tucano iniciou a sua pré-campanha, no dia 14, quando foi visitar obras sociais de Irmã Dulce. A “preferência” pela capital baiana pode indicar uma tendência na campanha do tucano: reforçar a sua imagem na região onde, segundo a última pesquisa do Ibope, ele aparece com 27% das intenções de voto, contra 47% da candidata petista Dilma Rousseff.

O encontro da legenda acontece no Clube Espanhol e deve reunir um grande número de filiados. Enquanto o PT espera reunir entre até 1.500 pessoas na festa para a pré-candidata petista, os tucanos esperam um público de 5 a 10 mil pessoas.

Das principais lideranças do PSDB, a única ausência será a de Fernando Henrique Cardoso, que está no exterior.

Novela do vice pode não terminar na convenção

O nome do vice de Serra é o maior dilema do tucano e da direção nacional do partido. A expectativa de contar com Aécio Neves (PSDB-MG) acabou por definitivo quando o mineiro voltou de viagem da Europa afirmando que seria candidato ao Senado. Com a negativa do mineiro, nomes como os dos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) foram cotados, mas perderam força.

O presidente nacional do PSDB e um dos coordenadores da campanha de Serra, Sérgio Guerra, que provavelmente sairá candidato a deputado federal, e o ex-ministro Pimenta da Veiga, são outros nomes cogitados para a vaga.

Há a possibilidade de a convenção do partido terminar sem a definição de um vice. Nesse caso, a escolha do nome poderia ser anunciada pela direção nacional do partido até o final do mês, ou pelo DEM, principal aliado do PSDB, na convenção nacional que o partido realiza no dia 28 de junho.

Ao comentar a escolha do vice de Serra ao UOL Eleições, em entrevista anterior, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, disse que seu partido não iria impor um nome aos tucanos e que essa era uma decisão do PSDB. Mas reforçou a importância da escolha de um nome de peso para compor a chapa e que as convenções nacionais deveriam ser realizadas “para não errar nesse momento”.

UOL Celular