31/05/2010 - 13h08

Em fórum econômico, Dilma fala em erradicar miséria "ainda nesta década"

Diego Salmen e Maurício Savarese
Do UOL Eleições
Em São Paulo
  • Dilma Rousseff cumprimenta empresário Eike Batista

    Dilma Rousseff cumprimenta empresário Eike Batista

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (31) que o Brasil somente se tornará um país desenvolvido se erradicar a miséria, tarefa que, segundo ela, pode ser concluída ainda nesta década. Durante fórum realizado pela revista Exame, em São Paulo, a ex-ministra da Casa Civil também repetiu que o Brasil pode se tornar um "país de classe média" nos próximos 20 anos.

Diante de uma plateia composta por centenas de empresários, Dilma defendeu as políticas sociais do governo Lula, dizendo que elas são facilitadoras do crescimento econômico. Para isso, o Brasil precisa, na avaliação da petista, promover "distribuição de renda com crédito e acesso a serviços publicos essenciais, formando um mercado interno sólido".

Além disso, considerou fundamental a realização de uma reforma política. "Nós não seremos uma economia desenvolvida se não percerbemos que a cultura é a alma de um povo", afirmou a pré-candidata, que falou em um painel intitulado "Brasil, 5ª economia mundial. Como chegar lá?". Ela foi ao local do evento acompanhada pela ex-prefeita de São Paulo e pré-candidata ao Senado pelo PT, Marta Suplicy, pelo deputado federal e ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e pelo senador e pré-candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante.

Dilma afirmou que a educação será sua prioridade se for eleita em outubro. Segundo ela, garantir isso é aprimorar as condições de trabalho dos professores e investir em universidades como forma de melhorar a qualidade do ensino básico, além de aprofundar a formação dos jovens. "Não só [uma formação] que os capacite profissionalmente, mas também uma formação acadêmica", disse.

Ao mencionar o problema da violência urbana, disse que o Estado "preciso voltar de duas formas" a atuar no Brasil: "do ponto de vista da segurança, e do ponto de vista de ser um Estado provedor, [sem o que] nós não daremos o passo rumo ao desenvolvimento das cidades brasileiras", afirmou. "O governo central esteve longe de várias pequenas cidades, o que configurou uma crise urbana no país (...) "O caminho em direção a uma nação rica exige uma ação planejada e concentrada nas áreas urbanas".

Dilma propôs também a continuação dos investimentos em infraestutura por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e falou sobre a diversificação da matriz energética como sendo "crucial" para o progresso do país. "Nós temos um grande diferencial nas energias não renováveis, que é o pré-sal. O pré-sal é, de fato, o nosso passaporte para o futuro", disse.

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