14/05/2010 - 16h41

Serra se irrita com pergunta de agência do governo sobre privatizações: "De que jornal você é?"

Daniel Milazzo
Especial para o UOL Eleições
Do Rio de Janeiro

Em entrevista concedida na tarde desta sexta-feira (14) na Associação do Comércio do Rio de Janeiro (ACRJ), o pré-candidato à presidência José Serra (PSDB) reagiu a uma pergunta sobre privatizações.

Um jornalista perguntou: “Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras estão livres de privatizações?”. Serra respondeu irritado: “Onde você ouviu isso? Claro que sim. De que jornal você é?”. Ao ouvir a resposta de que o jornalista trabalhava na Rádiobras (atual Empresa Brasil de Comunicação – agência de notícias do Governo Federal), o tucano retrucou: “Então informe isso aos seus patrões”.

Defendendo o enxugamento de cargos comissionados, o pré-candidato tucano disse: “Estou convencido que tem muita, mas muita gordura pra ser eliminada. A entidade Estado tem que ser musculosa e forte, mas não precisa ser obesa”.

Se dizendo um homem voltado para a produção, José Serra preconizou a redução tributária, argumentando que isso favoreceria a concorrência entre as empresas. Ele citou seu colega de partido, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves: “Como dizem lá em Minas, temos que gastar menos com a máquina e mais com as pessoas”.

Segurança Pública

Serra defendeu mais uma vez a criação de um ministério da Segurança Pública, alegando que esse problema não pode ser apenas dos Estados. “A situação no Brasil é muito grave para que o Governo Federal continue de fora. Tem que se envolver de corpo e alma nessa batalha”.

Ao final da entrevista coletiva, o tucano elogiou a instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), postas em prática no governo Sérgio Cabral (PMDB). “Achei a experiência do Rio muito válida, muito positiva. O governo estadual acertou nesse tipo de ação”.

Reivindicações

A ACRJ entregou uma carta de reivindicações a Serra. Entre os principais pontos do documento, os empresários cobram isenção total de tributos sobre investimentos. Além disso, o documento pede apoio à expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e ajuda às “posições públicas do Estado [do Rio de Janeiro] em defesa de seus direitos na questão os royalties do petróleo”.
 

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