21/09/2010 - 02h10

Em SE, Déda chama Alves de "especulador"; "gerei emprego", afirma ex-governador

Paulo Rollemberg
Do UOL Eleições
Em Aracaju

Faltaram propostas e sobraram acusações no debate realizado no final da noite desta segunda-feira (20) pela TV Atalaia, afiliada da Record, com três candidatos ao Governo de Sergipe: Marcelo Déda (PT), João Alves Filho (DEM) e Avilete Cruz (PSOL). 

O teor dos ataques aumentou quando Marcelo Déda, candidato à reeleição, chamou o ex-governador João Alves Filho de “especulador imobiliário”, acusando o ex-governador (a família é proprietária de uma construtora) de construir em áreas para serem utilizadas na especulação imobiliária. “O que eu fiz foi trabalhar para gerar emprego”, respondeu o candidato do DEM.

Ao longo de todo debate, Déda e Alves trocaram acusações, o que fez a candidata Avilete Cruz se transformar em uma coadjuvante. Na primeira discussão, os dois travaram debateram sobre o fechamento de hospitais no interior do Estado. Em seguida, a construção de escolas técnicas se transformou no foco do debate, ao ponto do petista dizer que “o povo vai ouvir quem está mentindo”.

Questionado por Déda sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Alves não respondeu a pergunta e preferiu acusar o atual governador de ter usado de violência policial para reprimir um protesto de professores e estudantes em uma escola de Aracaju.

Avilete Cruz causou incomodo a Marcelo Déda quando questionou sobre o processo que pesa contra ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à campanha de 2006, quando foi acusado pelo uso da máquina da Prefeitura e por propaganda eleitoral antecipada, o que pode resultar na perda do cargo se o governador for reeleito neste ano.

João Alves por diversas vezes enfatizou a ligação estreita entre Marcelo Déda e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo ele não ocasionou em grandes benefícios para o Estado, apesar de que ao longo do debate o candidato do DEM enalteceu as ações do Governo Federal em Sergipe.

O embate entre os dois candidatos também ganhou maior destaque quando João Alves responsabilizou Marcelo Déda por não conseguir a instalação de uma refinaria no Estado, tendo em vista que a Agência Nacional do Petroleo (ANP) teria aprovado o projeto.

O petista retrucou dizendo que um grupo de empresários espanhóis, entre eles um diretor do Real Madri, eram responsáveis pela captação de recursos do projeto, mas que estavam em uma crise financeira. “Era uma empresa espanhola não confiável”, finalizou.

Durante o debate, os três candidatos ainda discutiram sobre ações de reforma agrária, recuperação de rodovias e sucateamento do sistema de água.
 

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