O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), disse hoje (18) que não tem caráter político e não ameaça a segurança do processo eleitoral no Estado o atentado sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Luiz Mendonça.
De acordo com o governador, o próprio juiz acredita que o crime tenha sido motivado por ações dele em cargos anteriores, como promotor de Justiça e secretário de Segurança do Estado.
Marcelo Déda disse que entrou em contato com a mulher do juiz e que membros do seu governo conversaram com o próprio juiz, que teria relatado ameaças feitas por um fugitivo da Justiça sergipana. Déda chegou a citar o nome de Floro Calheiros, que estava preso e fugiu há dois anos da penitenciária estadual, como um dos investigados pela polícia de Sergipe.
Déda não descartou a possibilidade de pedir reforço de forças federais para a investigação do crime. No entanto, ele julgou não ser necessário o envio de reforço na segurança no Estado para as eleições.
O governador Marcelo Déda fez essas declarações em Brasília, ao sair de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o governador, Lula demonstrou preocupação com o processo eleitoral diante do atentado.