Na TV, Mercadante expõe contradições de Alckmin; tucano acusa rival de inexperiência

O candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante, usou seu horário eleitoral obrigatório da noite desta segunda-feira (20) para - pela primeira vez na campanha televisiva - expor contradições nas promessas de seu rival, o tucano Geraldo Alckmin.

"Me dá sempre a impressão que ele está falando as mesmas coisas há muito tempo. Se ele está prometendo de novo, é porque ele não cumpriu antes", afirmou um narrador. A peça do petista exibiu uma série de promessas feitas pelo candidato do PSDB em eleições passadas, em especial a de 2002, quando foi eleito governador de São Paulo após a morte de seu antecessor Mario Covas, de quem foi vice.

"O Rodoanel não vai ter pedágio porque não teve um centavo de concessionária. Tudo isso que está sendo feito é com dinheiro público", afirmou Alckmin, em vídeo da campanha de 2002. Hoje o Rodoanel tem pedágio. Ao final de cada promessa, uma voz narrava: "não cumpriu".

Além disso, Mercadante convocou os telespectadores a assistirem o debate entre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes promovido nesta noite pela Rede Record. "No debate não tem truque de edição", afirmou o petista, que acusou o adversário de ter fugido do confronto de ideias com ele.

Alckmin, por sua vez, acusou o adversário do PT de inexperiência. "Em oito anos de governo, o Lula não nomeou o Mercadante para nenhum ministério. Nenhumzinho. Se faltou quilometragem para ser ministro, falta mais ainda para ser governador", afirmou a locução da peça.

O candidato do PSDB também voltou a associar a imagem de Mercadante a de um parlamentar ausente, como vinha sendo feito em propagandas anteriores em que o petista era acusado de ter faltado a sessões no Senado para decidir sobre verbas para o metrô paulistano.

"Além de faltar no Senado, agora Mercadante também falta com a verdade", disse a locução da peça, enquanto exibia o "boletim de faltas do Mercadante". A associação foi completada, momentos depois, por uma frase do próprio Alckmin. "(...) são pessoas que não fizeram nada pelo nosso Estado", afirmou o tucano.

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