Em debate frio, Aloysio Nunes critica governo Lula; Marta defende ampliação do Bilhete Único

O candidato do PSDB ao Senado por São Paulo, Aloysio Nunes, criticou o governo federal durante um debate promovido na noite desta terça-feira (14) pela TV Gazeta e pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"O turismo para se desenvolver em São Paulo precisa de infraestrutura, e nisso o governo federal está muito atrasado", afirmou Aloysio, que tem 16% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha. "O presidente Lula prometeu um terceiro aeroporto na região metropolitana e até agora não saiu do papel", disse.

Frio e arrastado, o encontro não teve nenhum confronto direto entre os candidatos. Além do tucano, participaram a petista Marta Suplicy, Ciro Moura (PTC) e Marcelo Henrique (PSOL).

Netinho de Paula (PCdoB), líder nas pesquisas de intenção de voto com 36%, segundo o Datafolha, cancelou sua participação horas antes do evento. Apesar da ausência, foi poupado. Já Romeu Tuma (PTB), com 21%, não pôde comparecer devido a problemas de saúde.

Ao longo do debate, Marta, que aparece no Datafolha com 35%, defendeu que o Bilhete Único, implementado por ela quando prefeita da capital paulista em 2004, seja levado para outras regiões do Estado.

"Nós precisamos do Bilhete Único em várias regiões metropolitanas: Baixada Santista, Presidente Prudente", afirmou. "Eu fico impressionada que os passos são lerdos", disse, em referência ao legado das gestões do PSDB no setor de transporte.

Pelo sistema vigente em São Paulo, o passageiro pode fazer até quatro viagens com a mesma tarifa em um espaço de tempo de três horas. Também é possível utilizar trem e metrô, embora nesses casos o número de viagens permitidas seja menor.

Num dos raros momentos de ataque do debate, o candidato do PSOL rebateu uma pergunta do tucano Aloysio Nunes, que o questionou sobre suas propostas para o transporte no Estado.

"Você que foi e está no governo tucano há muito tempo no nosso Estado já poderia ter feito isso", afirmou. "Aquilo que você está falando que vai fazer, você poderia já ter feito", disse.

Ciro Moura, por sua vez, esquivou-se de responder objetivamente à maioria das questões. "Eu não quero ficar discutindo números, não. Eu sou cristão, pela família, contra o aborto, contra a violência. Esse é o Ciro", disse o candidato, que tem a preferência de 12% do eleitorado, segundo o Datafolha.

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