Mercadante acusa Alckmin de usar "tática rasteira"; tucano investe em continuidade

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, rebateu nesta sexta-feira (10) os ataques feitos por seu rival, o tucano Geraldo Alckmin, no horário eleitoral obrigatório de TV. "Infelizmente, meu adversário está usando uma tática rasteira de apostar na confusão", atacou o petista.

A fala faz referência às críticas exibidas na propaganda de Alckmin pela alegada ausência do petista em sessões no Senado para a definição de verbas para o metrô paulista. "Mercadante faltou", diz a peça tucana, que foi novamente veiculada hoje.

Em sua defesa, Mercadante explicou o motivo de suas ausências ("duas foram por licenças médicas", afirmou) e exibiu um depoimento do também senador Romeu Tuma, hoje candidato à reeleição pelo PTB, dizendo que o petista "se desdobrou" para que fossem destinados recursos para São Paulo.

"A verdade é que se não fosse o governo Lula, o PSDB não teria feito quase nada de metrô (...) Eles ainda estariam discutindo, discutindo, discutindo...", disse Mercadante. Ele ainda criticou a "lentidão" e a "falta de agilidade" do tucano em construir linhas de metrô na capital paulista no período em que governou o Estado.

"Foram 2,6km entre 2003 e 2006 (...) 650 metros por ano é uma voltinha no quarteirão", afirmou o petista, que reafirmou a promessa de construir 30km de linhas de metrô em São Paulo.

Alckmin

As críticas de Alckmin ao candidato do PT começaram após a entrada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha, por temor de que Lula conseguisse transferir votos para seu candidato, assim como vem fazendo com a presidenciável Dilma Rousseff (PT). Quase 79% da população considera o governo Lula ótimo ou bom, de acordo com o Datafolha.

A estratégia parece ter não ter surtido efeito. Pesquisa Ibope divulgada na noite desta sexta mostra que o tucano caiu cinco pontos percentuais (veja aqui) na preferência do eleitorado, saindo de 51% das intenções de voto para 46%. Mercadante, oscilou dois pontos, passando de 20% para 22%.

Em sua propaganda, o candidato tucano apostou no slogan "Não para, não para", na tentativa de associar sua vitória à continuidade do legado de José Serra no Estado. Não por acaso, a saúde ocupou boa parte da peça com a exibição de obras do PSDB na área.

"Fiquei surpreso com o atendimento da AME", disse um entrevistado, em referência aos Ambulatórios Médicos de Emergência criadas pelo atual presidenciável tucano.

Alckmin  prometeu ampliar uma rede de hospitais e clínicas para deficientes físicos, criada por Serra, para todo o Estado. "Temos funcionando já três unidades na capital e duas no interior", afirmou o candidato.

Além disso, o candidato do PSDB falou em expandir o Banco do Povo em São Paulo. "Banco do Povo. Força para o pequeno empreendendor. Ajuda para aquelas pessoas que têm iniciativa e só precisam de apoio para seguir em frente", afirmou.
 

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